Conforme a última atualização do Monitor de Secas, entre janeiro e fevereiro, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em 11 estados: Acre, Alagoas, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. No sentido oposto, na Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí e Rio Grande do Sul a seca se intensificou em fevereiro. Já em outras oito unidades da Federação o fenômeno ficou estável em termos de severidade nesse período: Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo. No Amapá, com o volume de chuvas acima da média, a seca desapareceu. Em contrapartida, no Rio de Janeiro, a seca voltou a ser registrada no mês de fevereiro.
Considerando as cinco regiões geopolíticas acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Sudeste teve a condição mais branda do fenômeno em fevereiro, enquanto o Sul teve a situação mais severa, com 16% da sua área com registro de seca grave. Entre janeiro e fevereiro, houve um abrandamento em duas regiões: Centro-Oeste e Norte. Já no Nordeste, Sudeste e no Sul; o fenômeno se intensificou nesse período. Considerando a extensão da área com seca, houve redução da área com registro do fenômeno no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Nas regiões Sudeste e Sul a área com seca teve um aumento.
Na comparação entre janeiro e fevereiro, sete estados registraram o aumento da área com seca: Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. No sentido oposto, o Monitor verificou a diminuição da área com o fenômeno em outros 11 estados: Alagoas, Amazonas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e Tocantins. Em outras 8 unidades da Federação a área com seca se manteve estável: Acre, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí e Rondônia. Já o Amapá ficou livre de seca no período.
Onze unidades da Federação registraram seca em 100% do território em janeiro deste ano: Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo. Nos demais estados com registro do fenômeno, os percentuais variaram de 7% a 94%.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de fevereiro, seguido por Mato Grosso, Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso do Sul. No total, entre janeiro e fevereiro, a área com o fenômeno caiu de 7,45 milhões para 6,36 milhões de km², o equivalente a 75% do território brasileiro.
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido, sendo que o processo de expansão dessa iniciativa foi concluído com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor de dezembro de 2023.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) – Seca fica mais branda no Centro-Oeste e Norte. Fenômeno se intensifica no Nordeste, Sudeste e Sul segundo atualização do Monitor de Secas — Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) – (ver gráficos e tabelas)
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