Desvio do curso do rio prejudica a reprodução de peixes e a pesca, principal fonte de renda de comunidades indígenas da região

Nesta semana, o Ambiente é o Meio recebe o professor André Oliveira Sawakuchi, do Instituto de Geociências da USP, para falar sobre a usina de Belo Monte, no Rio Xingu, e seus efeitos para a população e biodiversidade locais durante o período de estiagem da região.

O professor inicia o episódio explicando o que é a região de Volta Grande do Xingu, atraente para o aproveitamento hídrico por conta de seu declive e de suas corredeiras. Também diz que a região foi amplamente afetada pela construção da usina de Belo Monte devido à redução da vazão de água por conta do desvio do curso do rio Xingu para as principais turbinas da usina.

Sawakuchi também fala sobre as estações de seca e de chuva bem demarcadas da região amazônica, com vegetações específicas e preparadas para essas épocas, porém afetadas pelo desvio das águas, que modifica severamente os ecossistemas dependentes da inundação. Além dos ecossistemas, o professor afirma que comunidades indígenas da região também são afetadas pela ruptura do processo natural do rio, pois tinham na pesca sua principal fonte de renda e agora precisam buscar novas alternativas.

Ao fim do episódio Sawakuchi também fala sobre como a população beneficiada pela usina com os recursos financeiros gerados por ela não é a mesma que é afetada por ela.

Ouça o episódio completo no player acima.

FONTE: JORNAL DA USP – Ambiente é o Meio #167: Usina de Belo Monte afeta população e biodiversidade da Volta Grande do Xingu – Jornal da USP