Nota elaborada em conjunto pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
Em 22 de dezembro de 2024, a Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira (BR-226), localizada sobre o Rio Tocantins e ligando as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), sofreu um desabamento parcial. Caminhões que transportavam agrotóxicos e outros compostos químicos, como ácido sulfúrico, caíram no rio, o que levou ao início de um monitoramento emergencial da qualidade da água na região para garantir a segurança ambiental e a proteção das comunidades afetadas pelo incidente.
A análise emergencial da qualidade da água do Rio Tocantins está sendo conduzida sob a coordenação Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com apoio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Meio Ambiente, do Serviço Geológico do Brasil (SGB), da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Maranhão (SEMA/MA). A iniciativa envolve órgãos e instituições das esferas federal e estaduais do Maranhão e do Tocantins. O monitoramento tem como objetivo principal garantir a segurança do abastecimento de água a jusante (rio abaixo) do local do acidente.
Com base nos resultados das análises das amostras coletadas entre 24 e 29 de dezembro de 2024, não foram encontrados indícios de contaminação da água do rio Tocantins pelos agrotóxicos transportados.
Contudo, ressalta-se que, enquanto o material químico estiver depositado no rio Tocantins, persiste o risco de eventual rompimento dos recipientes e consequente contaminação da água, com possíveis impactos sobre o meio ambiente e usos múltiplos, incluindo abastecimento público de comunidades ribeirinhas e cidades ao longo do rio. Por essa razão, o monitoramento da qualidade da água será mantido até que o material seja totalmente removido.
ATUAÇÃO EMERGENCIAL
Desde 24 de dezembro de 2024, técnicos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (SEMA/MA) e do Serviço Geológico do Brasil (SGB) estão realizando análises de parâmetros básicos em campo e coletando amostras em cinco pontos do rio Tocantins,
AS TABELAS ESTÃO DISNÍVEIS EM: Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
Considerando os dados apresentados nas Tabelas, verifica-se que, embora tenha havido detecção da substância 2,4-D na amostra referente ao Ponto 3, em 24/12/2024, seu valor é significativamente inferior à concentração máxima permitida pelo Ministério da Saúde por meio da Portaria GM/MS nº 888, de 4 de maio de 2021, que estabelece padrões de potabilidade da água.
As análises realizadas pelo Laboratório Federal da Defesa Agropecuária em Goiás, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em 10 amostras de água do rio Tocantins, coletadas entre 26 e 29/12/2024 na barragem de Estreito (2 amostras), na captação Suzano (2), na captação da Caema/Imperatriz (2) e em Porto Franco (4), não detectaram a presença de Acetamiprido para o Limite de Detecção de 1,460 µg/L (Nota Técnica nº 1/2025/RCA-GO/SELAB LFDA-GO/LFDA-GO/CGAÇ/DTEC/DAS/MAPA).
RELACIONADA: Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
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