Workshop “Partilha da água e resiliência de um sistema socioecológico único na Volta Grande do Xingu” vai reunir pesquisadores e representantes de entidades e da comunidade indígena; evento é gratuito e aberto ao público
Evento que integra a iniciativa Amazônia+10, o workshop Partilha da água e resiliência de um sistema socioecológico único na Volta Grande do Xingu vai apresentar resultados do monitoramento independente sobre os impactos socioambientais da usina de Belo Monte, localizada no rio Xingu, no município de Altamira, no Estado do Pará. Serão dois dias de evento 5 e 6 de dezembro, na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM) e no Instituto de Geociências (IGc) da USP, ambos no campus da USP do Butantã, em São Paulo. Os encontros são abertos ao público, com inscrições gratuitas neste link.
O evento vai contar com pesquisadores e representantes de entidades e da comunidade indígena reunidos para debater questões como o histórico do Monitoramento Ambiental Territorial Independente (Mati), a vida nas comunidades ribeirinhas e monitoramento ambiental no Rio Bacajá, o monitoramento da piracema do Zé Maria, do Landi e do Catitu, e ainda vão responder como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) pode fortalecer as pesquisas em biodiversidade e mudanças climáticas. Haverá ainda exposição fotográfica e projeções de precipitação na bacia do Rio Xingu.
A iniciativa Amazônia+10 é um projeto do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e do Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência Tecnologia e Inovação (Consecti), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O objetivo é apoiar a pesquisa e a inovação tecnológica na Amazônia Legal, promovendo a interação natureza-sociedade e o desenvolvimento sustentável e inclusivo da região. A iniciativa também promove ações convergentes de CT&I que fortaleçam diretrizes, eixos e proposituras do Planejamento Estratégico de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia, visando a superar obstáculos para o reflorestamento de áreas degradadas, o desenvolvimento de atividades agrícolas de baixa emissão de gases de efeito estufa, a agregação de valor nas cadeiras produtivas da bioeconomia, a geração de alimentos, a produção de fármacos, a geração de energia limpa, e a garantia de acesso a serviços básicos para as populações que habitam na região.
Confira a programação do workshop:
Dia 5 de dezembro
Auditório István Jancsó – Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin
- 14h00: Abertura
Janice Muriel-Cunha (UFPA) e Emili Fujinami (USP) - 14h05: O Rio Xingu e a UHE Belo Monte
André Sawakuchi (USP) - 14h20: Histórico do Monitoramento Ambiental Territorial Independente (MATI)
Giliarde Juruna (Cacique da Aldeia Mïratu, TI Paquiçamba) - 14h40: MATI da Volta Grande do Xingu
Josiel Juruna (Aldeia Mïratu, TI Paquiçamba) - 15h00: Vida nas comunidades ribeirinhas e monitoramento ambiental no Rio Bacajá
Orcylene Reis (Comunidade Bacajá) - 15h20: Monitoramento ambiental da Piracema Goianinho no baixo curso da Volta Grande do Xingu
Raimundo Cruz e Silva (Comunidade Goianinho) - 15h40: Perguntas da plateia
- 15h50: Coffee break com artesanato Yudjá-Juruna e exposição fotográfica
- 16h10: Valorização do conhecimento indígena e ribeirinho no estudo e conservação da biodiversidade na Amazônia
Camila Ribas (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia-INPA) - 16h30: Como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) pode fortalecer as pesquisas colaborativas/interculturais em biodiversidade e mudanças climáticas?
Bruno Maragoni Martinelli (MCTI) - 16h50: Perguntas da plateia
- 17h00: Encerramento com poema de Raimundo Cruz e Silva
Dia 6 de dezembro
Auditório A5 – Instituto de Geociências da USP
- 8h20: Abertura
- 8h30: Monitoramento da piracema do Zé Maria
Josiel Juruna e Ronald Juruna (MATI) - 9h00: Monitoramento da piracema do Landi
José Carlos Ribeiro (MATI) - 9h30: Monitoramento da piracema do Catitu
Sebastião Lima (MATI) - 10h00: Projeções de precipitação na bacia do Rio Xingu
Nicolás Strikis (USP) - 10h30: Coffee break
- 11h00: Qualidade da água na Comunidade do Goianinho
Rosilene Santos (MATI) - 11h30: Registro dos dados de monitoramento ambiental na Terra Indígena Paquiçamba
Anderson Silva (MATI) - 12h00: Almoço
- 14h00: A Geodiversidade de um território ancestral da (re)existência Yudjá
Emili Fujinami (USP) - 14h30: Desviando as águas do rio Xingu: alterações hidrológicas e conexões bioculturais entre os indígenas Arara e a VGX
Renata Utsunomiya (USP) - 15h00: Resultados e desafios do monitoramente de base comunitária de água subterrânea, superficial e precipitação na VGX
Ingo Wahnfried (Universidade Federal do Amazonas-UFAM) - 15h30: Soberania do conhecimento ecológico local acerca dos impactos de Belo Monte sobre a migração dos peixes na Volta Grande do Xingu: apresentação dos resultados do MATI para as escolas da VGX e órgãos ambientais
Janice Muriel-Cunha (Universidade Federal do Pará-UFPA) - 16h00: Coffee break
- 16h30: Impactos sobre a Avifauna na Volta Grande do Xingu
Camila Ribas (INPA) - 17h00: Impactos sobre a Vegetação Alagável na Volta Grande do Xingu
Adriano Quaresma (INPA) - 17h30: O impacto da seca permanente imposta por Belo Monte no rendimento de pesca na VGX
- 18h00: Encerramento
Inscrições gratuitas e mais informações neste link.
FONTE: JORNAL DA USP – Workshop traz resultados do monitoramento independente sobre impactos da usina de Belo Monte – Jornal da USP
Deixe um comentário