A Rede Bioamazônia, composta por institutos de pesquisa, inovação e conservação da biodiversidade, participa em bloco da 16ª Conferência das Nações Unidas (COP 16), que acontece entre 21 de outubro e 1º de novembro de 2024, em Cali, Colômbia. Com o tema “Paz com a Natureza”, a COP 16 convida líderes globais a repensarem o modelo econômico atual em favor de alternativas sustentáveis que promovam a conservação ambiental e o uso responsável dos recursos naturais.

A Rede Bioamazônia nasceu em 2024 com o apoio do Programa Amazônia Sempre, coordenado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e é formada por seguintes institutos de pesquisa de diversos países amazônicos: Instituto Mamirauá (Brasil), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA (Brasil), Museu Paraense Emílio Goeldi – MPEG (Brasil), Instituto de Pesquisa de Recursos Biológicos Alexander Von Humboldt – HUMBOLDT (Colômbia), Instituto Amazônico de Pesquisas Científicas – SINCHI (Colômbia), Instituto de Pesquisas da Amazônia Peruana – IIAP (Peru), Instituto Nacional de Biodiversidade – INABIO (Equador), e Instituto de Ecologia da Universidade Mayor de San Andrés – IE/UMSA (Bolívia). Juntos, esses institutos unem forças para enfrentar os desafios econômicos, sociais e ambientais da Amazônia, promovendo a troca de conhecimentos e o desenvolvimento de soluções para a bioeconomia.

Na COP16, a Rede Bioamazônia participa de forma ativa, ministrando uma série de palestras e compondo mesas redondas sobre temas centrais da conservação e bioeconomia amazônicas. A programação inclui discussões sobre inovação em biodiversidade, desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e políticas colaborativas para a gestão da biodiversidade na Amazônia. Com essa participação, a Rede busca compartilhar experiências, promover alianças estratégicas e ampliar o debate sobre o papel crucial da bioeconomia na conservação do bioma.

Diretamente da Colômbia, João Valsecchi, diretor geral do Instituto Mamirauá, destacou a importância da Rede Bioamazônia no cenário amazônico e internacional: “A Rede é fundamental…cada uma destas instituições tem uma capacidade instalada muito forte e que impacta o desenvolvimento e a ciência de seus países. Mas a Amazônia é uma só e precisamos integrar esse conhecimento gerado.”

Missão e visão da Rede Bioamazônia

A Rede busca consolidar-se como uma referência global em pesquisa e inovação em biodiversidade, incentivando a colaboração interdisciplinar e transfronteiriça para fortalecer a gestão sustentável do bioma amazônico. A missão central é integrar e ampliar as capacidades dos institutos membros, apoiar a criação de conhecimento e desenvolver tecnologias para o uso sustentável dos recursos amazônicos, em aliança com os povos indígenas e comunidades tradicionais, governos, setor privado e outras partes interessadas.

Na COP 16, a Rede Bioamazônia reforça a importância de uma cooperação transfronteiriça inédita para combater os desafios ambientais e evitar o ponto de não retorno na Amazônia. A Rede Bioamazônia enaltece o papel crucial da ciência, tecnologia e inovação como motores do desenvolvimento sustentável e se une a diferentes atores – desde comunidades indígenas até o setor privado – para promover a conservação e uso responsável da biodiversidade.

Oportunidade única em um momento crítico

O momento é de urgência: diante das mudanças climáticas e da crescente pressão sobre a Amazônia, a Rede Bioamazônia acredita que somente com cooperação efetiva será possível proteger o bioma, cuja rica biodiversidade é fundamental para o clima global.

FONTE: Rede Bioamazônia participa da COP 16 para fortalecer a conservação e o uso sustentável da biodiversidade amazônica – Instituto Mamirauá