Especialistas se reuniram nos eventos: 9º Simpósio Internacional sobre Gestão Integrada de Recursos Hídricos (IWRM), 14º Workshop Internacional de Hidrologia Estatística (STAHY) e 1º Encontro Brasileiro de Hidrologia Estatística (EBHE)
Florianópolis (SC) – O monitoramento da seca na região amazônica, realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), foi um dos assuntos destacados em encontro internacional realizado em Florianópolis (SC), com o tema: “Preenchendo a Lacuna entre a Ciência da Água e as Soluções – Uma Conferência Conjunta”. O evento, que ocorreu entre 4 e 7 de novembro, reuniu a programação do 9º Simpósio Internacional sobre Gestão Integrada de Recursos Hídricos (IWRM), do 14º Workshop Internacional de Hidrologia Estatística (STAHY) e do 1º Encontro Brasileiro de Hidrologia Estatística (EBHE).
Na ocasião, o pesquisador Marcus Suassuna, assessor da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT), falou sobre os eventos extremos que têm sido registrados nos últimos anos na Bacia do Rio Amazonas: “Em 2021, Manaus (AM) registrou a pior cheia desde o início da série histórica. No ano seguinte, em 2022, tivemos a 4ª maior cheia e, 16 meses depois, em 2023, fomos para uma seca extrema, que se repetiu em 2024, com mínimas históricas”.
Suassuna ressaltou que os extremos concentrados nos últimos anos, com mais frequência e intensidade, representam um desafio para a comunidade científica: “É preciso compreender esses novos padrões para construir cenários e elaborar previsões que ajudem nas medidas de prevenção, preparação e resposta a desastres. Nesse sentido, o monitoramento e análise dos dados coletados é essencial para acompanhar as mudanças, identificar alterações e apoiar a tomada de decisões”.
A partir do monitoramento dos rios, o SGB gera informações que ajudam os gestores públicos e a sociedade em geral a antecipar cenários. Os dados apoiam a adoção de medidas que possam reduzir os impactos de eventos extremos. O monitoramento em tempo real e os boletins com análises e previsões podem ser conferidos na plataforma SACE. Atualmente, esse trabalho contempla 17 bacias hidrográficas.
Troca de informações e oportunidades para novas parcerias
A participação no evento foi uma oportunidade para trocar conhecimento técnico com especialistas que são referência no assunto e dialogar sobre parcerias. “Em todos os eventos científicos, é importante aprender com as experiências e fortalecer a rede de cooperação para o desenvolvimento de projetos que beneficiem a sociedade”, ressaltou Suassuna.
O conjunto de eventos foi promovido pela Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRHidro), em parceria com a Associação Internacional de Ciências Hidrológicas (IAHS).
Larissa Souza
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia – Monitoramento da seca na região amazônica é destaque em encontro internacional sobre hidrologia estatística – SGB
Amaury de Paula Teixeira.
O registro estatístico auxilia o estudo dos efeitos hidrológico, prevendo os futuros comportamentos da natureza, e até possibilitando a antecipação de soluções.