Amplitude térmica verificada em 2023 foi a causa de mais de 200 mortes de botos no lago Tefé
Neste episódio do Ambiente é o Meio, o professor Marcelo Marini Pereira de Souza recebe o hidrólogo e pesquisador do Instituto Mamirauá, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação, Ayan Santos Fleischmann, para falar sobre o aquecimento das águas amazônicas.
Durante a conversa, Fleischmann conta como se deu a descoberta do aquecimento das águas amazônicas, ocorrida na seca histórica que atingiu a região em 2023, a maior em 122 anos, mas que já foi ultrapassada pela seca de 2024. Segundo o pesquisador, mais de 200 botos morreram na Amazônia em 2023 e a equipe formada para investigar as mortes descobriu que foram provocadas pelo aumento das temperaturas dos lagos.
Fleischmann informa que o lago Tefé, onde ocorreram as mortes de botos, localizado na cidade de mesmo nome, registrou temperaturas de até 40,9ºC, o que causou estresse térmico nos animais. Diz ainda que os lagos analisados registraram uma amplitude térmica de até 13ºC, medindo 27ºC pela manhã e chegando a 40ºC na parte da tarde.
Conta também que as temperaturas geraram curiosidade nos pesquisadores que resgataram então os dados de satélite a partir dos anos 1980, observando que a temperatura das águas da Amazônia Central aumenta em média 0,6ºC por década. No entanto, Fleischmann fala que essa média pode variar quando eventos climáticos extremos acontecem.
Ouça o episódio completo clicando no player acima.
VER MAIS EM: Ambiente é o Meio #154: Águas amazônicas aquecem cerca de 0,6°C por década, diz pesquisador – Jornal da USP
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