Apesar de banhada por rios e chuvas, região utiliza água subterrânea para consumo
Neste episódio de Ambiente é o Meio, o professor Marcelo Marini Pereira de Souza recebe o pesquisador Leonardo Capeleto de Andrade, que é especialista em águas subterrâneas, para falar sobre a presença de água potável na Amazônia.
Durante o episódio, Andrade comenta o paradoxo da Amazônia por ser uma região banhada por águas de rios e apresentar chuvas constantes, mas utilizar água subterrânea para o abastecimento dos moradores da região. O pesquisador fala também sobre a região amazônica girar em torno das águas já que as cidades e aglomerados urbanos estão concentrados na beira dos rios, principalmente os rios Negro e Solimões.
Sobre o estudo que realizou e foi publicado recentemente na revista Frontiers in Water, Andrade fala que realizaram monitoramento das águas em três comunidades ribeirinhas entre a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e a Reserva Amanã. Como resultados, verificaram que os moradores de comunidades mais próximas das cidades preferem ir até essas cidades buscar água para consumo, enquanto moradores de comunidades mais afastadas precisam buscar água com baldes. Por não serem tratadas, essas águas são fervidas ou acrescidas de cloro pela população. No entanto, essa adição de cloro pode ser prejudicial, uma vez que em excesso a substância pode causar prejuízos à saúde, o mesmo ocorrendo com a falta do cloro, por não eliminar completamente os microrganismos e bactérias.
Andrade afirma que, para que essa coleta e o tratamento inadequado não aconteçam, o abastecimento hídrico deveria ser feito pelo poder público.
Ouça o episódio completo no player acima.
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