Atividades programadas para as cidades de Belém e Bujaru abordam acessibilidade e inclusão para diferentes públicos, em alusão à temática do evento nacional, e serão realizadas em parceria com a Associação Paraense de Pessoas com Deficiência e o Fórum de Museus da Amazônia.
Agência Museu Goeldi – Começa nesta quinta-feira (26) a programação do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) na 18ª Primavera dos Museus. As atividades promovidas ocorrem em Belém e em Bujaru, Pará. A programação, que encerra no domingo, 29 de setembro, inclui debates, lançamento de catálogo, encontro de espaços museais e Trilha dos Sentidos no Parque Zoobotânico da instituição.
A Primavera dos Museus é uma ação convocada anualmente pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e teve início oficialmente na segunda-feira (23), no Espaço Cultural Renato Russo, em Brasília, Distrito Federal. O objetivo do evento é mobilizar o circuito museal com debates e atividades diversas nas mais de 900 instituições participantes.
Neste ano, o tema é “Museus, acessibilidade e inclusão”, estimulando a promoção do acesso de todos os públicos aos museus, instituições de memória, espaços e centros culturais brasileiros, considerando as condições físicas, sensoriais, cognitivas e os aspectos socioculturais de cada grupo.
O Museu Goeldi realiza sua programação este ano em duas cidades do Pará em parceria com a Associação Paraense das Pessoas com Deficiência (APPD) e o Fórum de Museus da Amazônia.
A cidade de Bujaru, distante 72 km de Belém, conhecida pela produção cultural, de açaí e mandioca, sedia um final de semana com várias atividades dedicadas à memória.
Em Belém, no Parque Zoobotânico do Museu Goeldi, haverá debate sobre o acesso aos espaços culturais, a realização da Trilha dos Sentidos, uma atividade didática aberta a pessoas sem e com visão, e ainda será apresentado uma novidade editorial, fruto da iniciação científica nas Ciências Humanas do Goeldi, um catálogo da coleção arqueológica produzido por e para pessoas cegas.
O coordenador de Museologia do MPEG, Emanoel Fernandes de Oliveira Junior, enfatiza que a programação foi construída em parceria com os atores sociais e é reflexo dos debates que já são efetivamente realizados no âmbito da museologia e das outras especialidades que envolvem a gestão do patrimônio.
O lançamento do catálogo acessível é “uma conquista para a instituição, uma vez que demonstra e materializa esse esforço que ao longo dos anos tem caracterizado o trabalho do museu em relação a diferentes públicos”, explica o museólogo.
A discussão que abrirá o evento propõe justamente refletir sobre a “necessidade de promover ações voltadas ao acesso de pessoas com deficiência no âmbito das instituições científico-culturais e de que maneira isso pode impactar a construção de instituições realmente mais democráticas”, analisa Emanoel.
Programação – Acompanhe as atividades dia a dia da Primavera no Museu Goeldi.
Na quinta-feira (26), haverá a mesa de abertura sobre acessibilidade nos museus e espaços culturais, no Auditório do Centro de Exposições Eduardo Galvão, Parque Zoobotânico do Museu Goeldi, às 9h, em Belém. A discussão será realizada por Roseane Araújo, diretora de Educação, Cultura, Esporte e Lazer da Associação Paraense das Pessoas com Deficiência (APPD). Ainda nessa manhã haverá o lançamento do catálogo acessível do projeto Replicando o Passado, produzido por Caroline Barros-Soares, com a orientação da curadora da Coleção Arqueológica do Museu Goeldi, Helena Lima.
De sexta-feira (27) até domingo (29), de 9h às 19h, em Bujaru, haverá o Circulo da Memória, projeto articulado pelo Fórum de Museus da Amazônia e pelo Grupo de Estudos de Museologia Social do Museu Goeldi, coordenado por Lúcia Santana. Assim como aconteceu na 76ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a atividade do Fórum proporciona o encontro de várias iniciativas museológicas, como pontos de memórias, museus e ecomuseus na Amazônia, para fortalecimento do campo museal.
Veja aqui as organizações confirmadas no Circulo da Memória: Museu Surrupira (Belém), Ponto de Memória da Terra Firme (Belém), Ponto de Memória Boi Resolvido (Acará), Quilombo de Itacuã Miri (Acará), Terreiro Rompe Mato (Castanhal), Ass. da Consciência Quilombola (Castanhal), Isolina dos Reis (Bujaru) e Bibiana (Concórdia do Pará).
No domingo (29), de 9h às 12h, haverá, no Parque Zoobotânico, a Trilha dos Sentidos, uma experiência sensorial única onde os participantes percorrem um trajeto de aproximadamente 60 metros, dividido em cinco estações interativas. Ao longo do percurso, os participantes poderão explorar elementos do cotidiano através de texturas, aromas, sons e sabores. Utilizando materiais e objetos do acervo do Parque e da Coleção Didática, a atividade busca proporcionar diversas experiências sensoriais, estimulando os sentidos e aprimorando a orientação espacial.
Na sexta-feira (26), de 10h às 12h, haverá visita guiada acessível para pessoas com deficiência visual pelo Módulo Origens da Exposição Diversidades Amazônicas e pela Exposição Fóssil Vivo.
Acompanhe a programação do Museu Goeldi pelos perfis oficiais da instituição no Instagram e Facebook.
Texto: Luiz Henrique Pimenta – Edição: Joice Santos
FONTE: MUSEU GOELDI – Museu Goeldi na 18ª Primavera dos Museus — Museu Paraense Emílio Goeldi (www.gov.br)
Relacionada: Museu de Ciências da Terra destaca acessibilidade na 18ª Primavera de Museus – SGB
Deixe um comentário