MANAUS (AM) – O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), anunciou nesta quarta-feira, 28, que entrou em contato com o governo federal, especificamente com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e com o Ministério de Integração e do Desenvolvimento Regional (MDR), em abril deste ano. Em 16 de agosto deste ano, o MMA informou à CENARIUM que ainda não havia recebido do governo do Estado, a demanda específica de apoio às ações de combate às queimadas.
De acordo com Lima, os documentos foram enviados nos dias 2 e 3 de abril deste ano para os ministros responsáveis pelas pastas do Meio Ambiente e da Integração, Marina Silva e Waldez Góes, respectivamente.
“O governo federal, o Ministério do Meio Ambiente juntamente com o Ibama, emitiram um comunicado dizendo que até hoje o governo do Estado não tinha solicitado ajuda nenhuma ajuda do governo federal. No dia 3 de abril, nós enviamos à ministra Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, solicitando ajuda, levando em consideração esse contexto das queimadas e celeridade d]na tramitação do projeto junto ao fundo Amazônia”, disse.
Após anunciar medidas para reforçar o combate às queimadas no sul do Estado, o governador cobrou o governo federal, uma vez que os incêndios, segundo ele, ocorrem em sua maioria nas áreas indígenas, cuja responsabilidade é da União.
“É importante ressaltar que as queimadas que estão acontecendo no Amazonas, apenas 7% estão em território que estão no Estado. O restante acontece em vazios cartográficos, acontece em glebas e em Terras Indígenas (TI), que são de responsabilidades de fiscalização do governo federal. Em nenhum momento o governo do Estado se exímio de também fazer o combate aos incêndios que estão acontecendo nessas terras”, afirmou.
Decretos
Na ocasião, Lima anunciou algumas medidas para combater a estiagem e as fumaças no Estado. Desde o inicio de julho, foi decretado pelo governo estadual a proibição da prática do fogo entre os meses de agosto a outubro deste ano.
O governador também assinou o decreto onde coloca o Estado em emergência em decorrência da estiagem e também em estado de emergência na saúde, considerando a logística, a dificuldade da entrega de medicamentos e que algumas comunidades estão relatando problemas de saúde por estarem ingerindo água não tratável.
Queimadas
Nas últimas 48 horas, as cidades brasileiras mais afetadas por focos de incêndio estão no Estado do Pará: São Félix do Xingu com 306 focos ativos, Altamira, que registrou 258 focos, e Novo Progresso com 244 focos.
O secretário do Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira, informou à CENARIUM que os municípios do Amazonas que mais registraram focos de calor foram: Apuí, Labréa e Boca do Acre. “Apuí, inclusive, entre os estados da região amazônica é um dos lideres do número de quantidade de queimadas e também aqui na região como um todo”, informou.
Por: Ana Pastana – Da Cenarium / Editado por Jadson Lima
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