Forças Armadas combatem garimpo ilegal e tráfico de drogas na Região Amazônica

Navios-Patrulha, aeronaves e Fuzileiros Navais são empregados na Operação “Ágata Amazônia”, que também oferece serviços de saúde para comunidades indígenas e ribeirinhas

Navio-Patrulha da MB e Aeronave do “Esquadrão Tucano” em operação – Imagem: Marinha do Brasil – Fonte: Agência Marinha de Notícias

As Forças Armadas brasileiras realizam uma série de ações integradas para combater ilícitos transfronteiriços e ambientais na Região Amazônica. A Operação “Ágata Amazônia” emprega mais de 1.500 militares e compreende operações navais, terrestres e aéreas, com participação da Marinha do Brasil (MB), Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira, a fim de dissuadir a presença de grupos armados, combater o garimpo ilegal e o tráfico de drogas.

A área de atuação do Comando Conjunto UPIARA, que encabeça a Operação, possui mais de 600 mil quilômetros quadrados e tem foco especial nas regiões do Vale do Javari, Japurá, São Gabriel da Cachoeira e Santa Izabel do Rio Negro. Além das ações de combate aos ilícitos transfronteiriços com uso de Navios-Patrulha Fluviais, aeronaves, lanchas rápidas e tropas, a Operação “Ágata Amazônia” deste ano também presta atendimentos em saúde básica para comunidades indígenas e ribeirinhas.

A iniciativa busca assegurar a soberania nacional e conta, ainda, com a participação de 56 agentes de 14 órgãos de segurança e agências civis, como as Polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar, a Receita Federal, a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Distrito Sanitário Especial Indígena e Ministério da Agricultura e Pecuária.

Os resultados preliminares da operação já demonstram a eficácia das ações integradas, com a neutralização de 82 dragas de mineração irregular e a colaboração na apreensão de quatro toneladas de cocaína e pasta base, além da destruição de equipamentos utilizados nessas atividades ilegais. Tal união de esforços reforça o compromisso do Brasil em proteger a Amazônia e combater delitos em suas diversas manifestações.

O Chefe do Centro de Coordenação de Operações do Comando Militar da Amazônia, General de Brigada Carlos Alberto Rodrigues Pimentel, afirmou que, neste ano, a operação tem sido ousada em relação aos seus objetivos. “Temos uma área com superfície muito grande, que parte da fronteira, desde a Cabeça do Cachorro, no Rio Negro, até o Vale do Javari, e a gente acredita que os objetivos estão sendo atingidos, porque no momento, já temos resultados expressivos”, destacou o General Pimentel.

Segundo ele, além da destruição das dragas e da apreensão de armamentos e drogas, com prisão de infratores, também existe prioridade na repressão de outros delitos ambientais. “A gente tem colocado um esforço muito grande nisso e, nesse ano, a gente já apreendeu mais de três quilos de mercúrio. Não apenas pela apreensão em si, mas pelo que a gente evitou que ocorresse no momento em que esse mercúrio fosse despejado nos rios”, pontuou o General.

Para o Chefe do Estado-Maior do Comando Conjunto UPIARA, Contra-Almirante Alexandre Itiro Villela Assano, a estiagem tem inflingido uma série de restrições à navegabilidade dos rios e, caso haja necessidade, serão utilizadas embarcações com calado (distância entre a linha de flutuação e a quilha do navio) menor para cumprir a missão.

“A gente teve uma estiagem grave no ano passado e já começamos com um déficit esse ano. A MB está com um plano de ação iniciado no mês de junho, com levantamento hidrográfico de trechos críticos do Rio Solimões e do Rio Madeira, para aumentar a segurança da navegação e permitir que continuemos com nossas cidades abastecidas”, esclareceu o Contra-Almirante Assano.

Força Naval Componente (FNC)

Os meios da FNC realizam patrulha naval, inspeção naval e controle fluvial em áreas sensíveis, buscando reduzir a liberdade de ação de agentes delituosos e aumentar a presença do Estado brasileiro na área de operações. Tal qual uma “blitz” rodoviária, os Navios-Patrulha Fluviais se deslocam patrulhando os rios, inclusive fazendo vasculhamento na proximidade das margens.

A MB também emprega um Navio Hidroceanográfico, capaz de realizar sondagem do leito fluvial, uma Barca Oficina, um Empurrador, lanchas blindadas, um Destacamento de Operações Especiais composto por Mergulhadores de Combate e Comandos Anfíbios e um Destacamento de Fuzileiros Navais.

Operação “Ágata Amazônia 2024”

O Comando Conjunto Ágata Amazônia se consolidou como uma ação estratégica do Ministério da Defesa, autorizada por meio da portaria GM-MD no 3.628, de 30 de julho de 2024, para fortalecer a presença do Estado na Amazônia e combater os crimes transfronteiriços e ambientais, além de promover a presença das Forças Armadas e de segurança pública, levando cidadania às populações indígenas e ribeirinhas com as Ações Cívico-Sociais (ACISO) e Ações de Assistência Hospitalar (ASSHOP).

Por Agência Marinha de Notícias – Forças Armadas combatem garimpo ilegal e tráfico de drogas na Região Amazônica | Agência Marinha de Notícias   

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