Secretário-geral da ONU alertou para ameaças, violência e degradação que afetam terras ancestrais indígenas; tribo no Brasil traz exemplo de manejo florestal alinhado com desenvolvimento local; conhecimento comunitário e intergeracional oferece soluções valiosas para esforços de mitigação, estratégias de adaptação e resiliência.

UNEP/Florian Fussstetter Francisca Arara, chefe da Secretaria dos Povos Indígenas do Acre, diz que os grupos indígenas estão prestando um “serviço ao mundo” ao combater o desmatamento, visto como crucial para limitar as mudanças climáticas – Postada em: ONU

Os povos indígenas representam cerca de 6% da população mundial. Para o secretário-geral da ONU, eles são “os guardiões do conhecimento e das tradições” que ajudam a proteger algumas das zonas com maior biodiversidade do planeta.

António Guterres prestou homenagem à população indígena por mensagem de vídeo, divulgada neste 9 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas.

Terras ancestrais “sob cerco”

No entanto, o líder da ONU destacou que o grupo é frequentemente vítima de ameaças e violência. Ele sublinhou que setores extrativos e produtivos, como mineração, agricultura e transportes, aceleraram o desmatamento e a degradação dos solos.

Como resultado as terras ancestrais e os recursos naturais dos quais os povos indígenas dependem para sobreviver estão “sob cerco”, disse Guterres.

O secretário-geral afirmou que o direito à autodeterminação, consagrado na Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, “ainda não foi cumprido”. Ele disse que é hora de apoiar o direito dessa população a traçar o próprio futuro.

Exemplo positivo em tribo no Brasil

Nesse sentido, um exemplo positivo mencionado pela ONU vem do Brasil, da etnia Puyanawa, uma das 15 que habitam o estado do Acre. Cerca de 93% do território deste povo indígena é coberto por florestas.

O líder da tribo, Joel Puyanawa, explica que a tribo recorreu à agricultura, utilizando práticas tradicionais, como pontilhar os campos com árvores de madeira dura, para aliviar o peso na terra.

Segundo ele, há “um trabalho extra sim, mas é exatamente para preservar o que há de mais sagrado”. O líder indígena disse que se uma floresta for derrubada, “ela nunca se recuperará”.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, por meio dessa estratégia os Puyanawa estão provando que a sustentabilidade e o crescimento econômico podem andar de mãos dadas.

Terras ancestrais “sob cerco”

No entanto, o líder da ONU destacou que o grupo é frequentemente vítima de ameaças e violência. Ele sublinhou que setores extrativos e produtivos, como mineração, agricultura e transportes, aceleraram o desmatamento e a degradação dos solos.

Como resultado as terras ancestrais e os recursos naturais dos quais os povos indígenas dependem para sobreviver estão “sob cerco”, disse Guterres.

O secretário-geral afirmou que o direito à autodeterminação, consagrado na Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, “ainda não foi cumprido”. Ele disse que é hora de apoiar o direito dessa população a traçar o próprio futuro.

Exemplo positivo em tribo no Brasil

Nesse sentido, um exemplo positivo mencionado pela ONU vem do Brasil, da etnia Puyanawa, uma das 15 que habitam o estado do Acre. Cerca de 93% do território deste povo indígena é coberto por florestas.

O líder da tribo, Joel Puyanawa, explica que a tribo recorreu à agricultura, utilizando práticas tradicionais, como pontilhar os campos com árvores de madeira dura, para aliviar o peso na terra.

Segundo ele, há “um trabalho extra sim, mas é exatamente para preservar o que há de mais sagrado”. O líder indígena disse que se uma floresta for derrubada, “ela nunca se recuperará”.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, por meio dessa estratégia os Puyanawa estão provando que a sustentabilidade e o crescimento econômico podem andar de mãos dadas.

FONTE: ONU – Em Dia Internacional, ONU destaca papel do conhecimento indígena para conter crise climática | ONU News