O Congresso Internacional Mundos Indígenas (COIMI) é um evento bianual, criado no âmbito do grupo de pesquisa internacional Seminário Permanente Mundos Indígenas – Abya Yala (SEPMIAI) no Centro de Humanidades (CHAM / NOVA FCSH—UAC), na Universidade Nova de Lisboa, Portugal, em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande, Paraíba, Brasil em meados de abril de 2015.

O grupo SEPMIAI – CHAM-UNL-PPGH/UFCG, a partir de 2017 executou o COIMI com o apoio da Universidade Pablo Olavide, Sevilha, Espanha, em 2018 em parceria com o Conselho de Ciência e Tecnologia CNPq realizou o II COIMI América em Campina Grande, Paraíba, Brasil e, em 2019 realizou-se o COIMI em Sorbonne Nouvelle, Paris, França.

A partir de então as citadas instituições europeias passaram a realizar e apoiar o SEPMIAI e o COIMI oficialmente. O COIMI é um espaço de reflexão e debate sobre os temas vinculados aos povos indígenas na Abya Yala. Uma rede colaborativa com abrangência nacional e internacional para as discussões interdisciplinares sobre povos indígenas da América do passado e do presente.

No IV COIMI – ABYA YALA 2023 que aconteceu na Universidad del Magdalena, cidade de Santa Marta, Colômbia, objetivou-se ampliar os diálogos entre os investigadores indígenas e não indígenas, construir outros caminhos epistemológicos, políticos, decoloniais e interdisciplinares.

O V CONGRESSO INTERNACIONAL MUNDOS INDÍGENAS (COIMI), AMÉRICA (V COIMI, ABYA YALA): HISTÓRIA, ARTE, EDUCAÇÃO, CULTURA, ANCESTRALIDADE E PERSPECTIVAS PARA O BEM-VIVER acontecerá na Universidade Federal de Roraima entre os 20 a 23 de agosto de 2024 e pretende-se ampliar os diálogos entre os investigadores indígenas e não indígenas, construir outros caminhos epistemológicos, históricos, políticos, decoloniais e interdisciplinares sobre arte, educação, cultura, ancestralidade e perspectivas para o bem-viver, bem como ampliar o escopo da rede que vem sendo construída pelo COIMI com a integração de universidades brasileiras do norte do Brasil que têm trabalhos consolidados sobre as questões indígenas.

Nessa edição do Evento, se dará particular importância à questão de que a educação, cultura e as artes verbais indígenas são importantes repositórios de saberes ancestrais e estes saberes foram, e ainda são, contumazmente, menosprezados pelas epistemologias ocidentais que, no período colonial e póscolonial, excluíram-nos do cânone epistemológico, por serem considerados produtos de povos tidos como “primitivos” e “ignorantes”, e cujos saberes herdariam as qualidades negativas atribuídas aos povos.

Em razão disso, a estes povos, historicamente, coube a posição de objeto das epistemologias ocidentais, as únicas consideradas relevantes, e nunca a posição de sujeitos de suas próprias epistemes. Não obstante, o V COIMI pretende ser um espaço de relações não hierárquicas entre saberes, que vai permitir a incorporação do conhecimento milenar dos povos originários ao “main stream” científico.

FONTE: UFRR

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