A Embrapa Amazônia Ocidental e o Governo do Amazonas firmaram acordo de cooperação recíproca em atividades de ciência, tecnologia e inovação relacionadas às mudanças climáticas extremas e temas correlatos.  Participam da cooperação também o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Instituto Federal do Amazonas (Ifam) e Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia). As instituições vão prestar assessoramento técnico ao Comitê de Enfrentamento à Estiagem, criado pelo governo estadual.

Da esquerda para direita: gestores do Inpa, Ufam, Ifam, Governo do Amazonas, Fiocruz Amazônia, Embrapa Amazônia Ocidental e Fapeam, durante solenidade de assinatura de protocolo de cooperação. Foto: Divulgação Secom. Crédito:Alex Pazuello

O protocolo de intenções para essa parceria foi assinado no final da tarde de terça-feira, 23 de julho, durante solenidade em alusão ao Dia Nacional da Ciência e Pesquisador Científico, evento realizado na sede do Governo, com a participação de secretários estaduais e cientistas pesquisadores de diversas instituições. Um dos objetivos dessa parceria é proporcionar o apoio de especialistas em mudanças climáticas extremas e temas correlatos que contribuam com informações para a prevenção, mitigação, adaptação e redução de impactos negativos nos diferentes municípios e setores da sociedade amazonense.  O instrumento de cooperação tem prazo de vigência de cinco anos.

O Comitê de Enfrentamento à Estiagem foi criado pelo Governo do Amazonas, no dia 5 deste mês de julho, ocasião em que o governo decretou situação de emergência em 20 municípios no estado, atualmente afetados com a vazante dos rios. De acordo com a análise de especialistas, a estiagem de 2024 pode ser mais extrema que a do ano passado em que diversas comunidades passaram por dificuldades de acesso e desabastecimento de alimentos e água potável, entre outras situações.

O trabalho do Comitê Técnico-Científico, relacionado ao enfrentamento da estiagem, será coordenado pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), e agrega cientistas de órgãos do governo, universidades e instituições de pesquisas.  “Esse é um protocolo de intenções para troca de informações, troca de relatórios e entendimento de percepções sobre os eventos climáticos que estamos enfrentando desde o ano passado. Todas essas orientações e informações são importantes na tomada de decisões por parte do Governo do Estado”, disse o governador Wilson Lima.

O chefe-geral da Embrapa Amazônia Ocidental, Everton Cordeiro, comentou que a parceria com o governo do Estado reunindo diversas instituições, vai permitir  analisar e propor ações preventivas e de mitigação dos danos decorrentes dessa situação de seca com a vazante dos rios. O gestor considera que o convite à participação da Embrapa no comitê é também um reconhecimento dos trabalhos que a instituição tem desempenhado na região, assim como traz oportunidades para adoção das tecnologias disponibilizadas pela Embrapa, e permitirá também, conforme necessidade, acessar a rede de outras unidades da Embrapa pelo País, para assessoramento com informações e tecnologias. “Então, acreditamos que assim estamos contribuindo também com a nossa missão de trazer benefícios para as populações do Amazonas”, disse Cordeiro.

De acordo com o Governo do Estado, será fomentado o apoio por meio da Fapeam para a realização das atividades previstas no protocolo, que serão definidas em projetos específicos. “O protocolo foi para reiterar a importância dessas instituições e para convidá-las, e todas elas aceitaram para estarem conosco, dialogando, trazendo informações atuais, para que nós possamos, por meio de resultados de pesquisa e de notas técnicas, orientar o Comitê de Enfrentamento à Estiagem e Mudanças Climáticas Ambientais”, explicou a diretora-presidente da Fapeam, Márcia Perales.

Durante a solenidade, além da parceria com as instituições, também foram anunciados investimentos em mais de R$ 12,9 milhões para editais na área científica, lançados pela Fapeam. Houve o lançamento de 11 editais, sendo oito editais inéditos e três reedições para o segundo semestre de 2024. Os recursos se destinam ao apoio para 145 projetos de pesquisa a serem desenvolvidos na capital e no interior do estado.

Entre os editais inéditos, a Fapeam lança os programas de Apoio a Pesquisas e Ações Estratégicas em Bioeconomia (BIO CT&I); o Inova Social: Soluções Inovadoras e Sustentáveis em áreas prioritárias (Proin Social),  e Apoio à Pesquisa Agroprodutiva: Inovação e Sustentabilidade (PAP-Agro). Foram lançados ainda os editais dos programas de Apoio à Participação em Exposição Inovadoras Técnico-Científicas e Artísticas (Ciência+Art); Apoio ao Influenciador Científico em CT&I (POP Ciência); Apoio e Inovação a Tecnologias Emergentes (Inovatec+); e Apoio à Disseminação do Conhecimento Científico Tecnológico e Inovador no Âmbito da Pós-Graduação Stricto Sensu (Divulga CT&I), entre outros.

Os editais estão disponíveis no site FAPEAM | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas . A lista completa dos editais pode ser acessada em: Arquivo Editais – FAPEAM

Sobre o Comitê Técnico-Científico

O Comitê Técnico-Científico do estado conta com as seguintes instituições:  Universidade do Estado do Amazonas (UEA); Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS);  Secretarias de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti); do Meio Ambiente (Sema); da Fazenda (Sefaz); de Educação e Desporto Escolar; de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb); de Energia, Mineração e Gás (Semig); de Saúde (SES); de Comunicação (Secom); de Produção Rural (Sepror); de Assistência Social (SEAS); de Infraestrutura (Seinfra); de Estado das Cidades e Territórios (SECT); Superintendência de Navegação, Portos e Hidrovias (SNPH); Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados e Contratados do Estado do Amazonas (Arsepam); Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE); Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam); Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amazonas (CBMAM) e Defesa Civil do Estado do Amazonas.