Brasília, 05/07/2024 – O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) participa da operação de desintrusão da Terra Indígena Karipuna, localizada nos municípios de Nova Mamoré e Porto Velho, em Rondônia, desde o início do mês de junho. A força-tarefa é coordenada pela Casa Civil, com a participação de 210 servidores federais para garantir a retirada de invasores e proteger a terra e o seu povo.
Das 153 ações planejadas para o processo de desintrusão, 99 já foram realizadas. A segunda fase da operação de desintrusão segue até o final de julho. Entre a logística de infraestrutura montada estão 53 viaturas, seis caminhões, um helicóptero e um micro-ônibus. O Censipam atua com equipamentos de inteligência, como o aplicativo para navegar no território de modo georreferenciado, drones, e antenas de comunicação via satélite transportáveis para conectar equipes. Além disso realizou a aquisição de imagens de satélite de altíssima resolução de áreas de interesse e disponibilizou pessoal especializado em geointeligência e pilotagem de drones.
Na avaliação da coordenação da operação, o uso do drone Nauru 500C do Censipam fez a diferença para o trabalho de inteligência e para a assertividade. O equipamento apresenta maior capacidade operacional, quando comparado aos demais já utilizados pelo Censipam. É capaz de realizar voos acima de 300 metros sobre o terreno, com alcance de até 60 km. O sistema de potência é híbrido e sua câmera permite a identificação de pessoas e de veículos.
A operação segue agora para sua fase final, em que são consolidadas medidas contra o desmatamento e a grilagem de terra, e a favor da proteção aos indígenas, como a reabertura da Base da Força Nacional instalada dentro da terra. O balanço deste trabalho coletivo e interministerial na primeira fase da operação traz entre os resultados a apreensão de 54 metros cúbicos de madeira, enchendo quatro caminhões; a destruição de uma balsa, de 38 acessos e de 18 pontes. Houve ainda a inutilização de 23 edificações dentro da TIKA, locais que serviam de suporte para armazenar materiais a serem utilizados para o desmatamento da Terra Karipuna, como combustível para motosserra.
A operação de desintrusão da Terra Indígena Karipuna está no contexto das ações de desintrusão decorrentes à ADPF 709.