Caos ambiental: como o garimpo pode potencializar os estragos da crise climática no Acre

Casos ao redor do estado vem ocorrendo com frequência cada vez maior e a população acreana já vem sentindo efeitos do garimpo

Rio Branco está entre os 17 municípios da Amazônia mais críticos para a contaminação por mercúrio, por meio da ingestão de peixes – Foto: Secom ACRE

O garimpo vem aumentando na Amazônia nos últimos anos, principalmente dentro de terras de preservação ou reservas ambientais, com mais de 80 mil pontos de garimpo no bioma, apenas no Brasil. Isso é o que aponta nota técnica publicada pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, referente ao mês de abril de 2024.

Atualmente uma área de 241.019 hectares encontra-se diretamente afetada por garimpos na Amazônia brasileira, com os estados mais afetados sendo Roraima, Pará, Mato Grosso e Rondônia.

As terras indígenas também são impactadas na região amazônica, representando mais de 10% da área total em hectares de garimpo ilegal, totalizando 25.070 hectares. Desde o ano em que os monitoramentos começaram, foi registrado um aumento no garimpo ilegal na região amazônica de 12 vezes, entre 1985 e 2022, passando de 18.619 hectares para os  241.019 já citados, ou seja, apenas a parcela de garimpo dentro de terras indígenas atualmente já é maior do que o registrado em sua totalidade no princípio da observação.

O pico deste crescimento se deu entre os anos de 2016 e 2022, quando cresceu 361% dentro das terras indígenas e 96% em outras partes do bioma. Entre os anos de 2015 e 2020, foram extraídos de maneira ilegal 200 toneladas de ouro do Amazônia como um todo.

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