Rio Madeira já registra mínimas históricas para o mês de junho

Serviço Geológico do Brasil apresentou dados sobre os rios Madeira, Tapajós e Xingu, durante a 13ª Reunião da Sala de Crise da Região Norte, nesta sexta-feira (20)

Imagem: Divulgação SGB

Brasília (DF) – Enquanto algumas cidades da Região Norte estão em pleno período de cheias, outras já encerraram sua estação chuvosa e começam a enfrentar os desafios relacionados à estiagem. Em Porto Velho (RO), o Rio Madeira já registrou neste ano as mínimas históricas para um mês de junho, quando na quinta-feira (19) o nível chegou a 4,19 m.  Após o dia 19, o rio apresentou elevações, considerando que  a última cota observada foi de 6,60 m. Essa elevação foi resultado de chuvas bastante localizadas, e a tendência é de que o rio deve retomar o ritmo de descida na sequência. O nível médio para esse período é de aproximadamente 9,50 m.

Os dados fazem parte do monitoramento do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e foram apresentados pelo pesquisador Marcus Suassuna durante a 13ª Reunião da Sala de Crise da Região Norte. Esse é um encontro realizado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o objetivo de apresentar a melhor informação disponível e fornecer suporte a gestores públicos, a fim de se prepararem para eventos extremos.

Suassuna alertou que o cenário no Madeira já preocupa: “Neste ano, o rio chegou muito cedo às cotas inferiores a 5 m e já observamos encalhes em alguns trechos. Essa situação indica que 2024 deverá ser um ano muito complicado, com impactos para a navegação, possíveis dificuldades para o abastecimento e risco de prejuízos ambientais”.

De acordo com o pesquisador, outros rios da Bacia do Rio Amazonas também registram níveis baixos, como o Tapajós e o Alto Solimões, em Tabatinga. As últimas cotas observadas nesses locais foram de: 5,42 m e 6,79 m, respectivamente, quando o esperado seria de 6,50 m e 10,0 m.

Cheia em formação nos rios Negro, Amazonas e Solimões

Os rios da margem esquerda da bacia – Negro, Amazonas e Solimões – estão em seus picos de cheia. As previsões para esses rios já foram divulgadas pelo SGB nos eventos de Alerta de Cheias e indicam baixa probabilidade de cheias severas neste ano. O SGB reforça que ainda é muito cedo para antecipar como será o período de estiagem nesses rios.

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