Projeto Geologia e Avaliação do Potencial para Fosfato e Elementos Terras-Raras da Região de Campos Novos (RR) aponta ambientes apropriados para obtenção de insumos para as indústrias de fertilizantes e de baixo carbono
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de alimentos (culturas agrícolas e pecuária), onde o setor agrícola responde por 21% da soma de todas as riquezas produzidas no país, um quinto de todos os empregos e cerca de 40% das exportações brasileiras, chegando a US$ 96,7 bilhões em 2019.
Essa vocação agrícola é resultado de investimentos no aprimoramento de técnicas de plantio e de colheita e no desenvolvimento de equipamentos, realizados pelo país, em uma busca constante pelo aumento da produtividade, refletindo em maior consumo de fertilizantes inorgânicos à base de nitrogênio, fosfato e potássio.
A produção nacional de matérias-primas para fertilizantes não tem acompanhado esse aumento de demanda, tornando-nos dependentes do mercado externo, uma situação que se agrava em estados como Roraima, no extremo norte do país, devido às dificuldades logísticas acentuadas.
Diante dessa necessidade, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) idealizou o Projeto Fosfato Brasil (2009), objetivando a avaliação do potencial e a ampliação das reservas brasileiras de fosfato. E criou o Projeto Terras-Raras Brasil (2010), com foco na avaliação do potencial das reservas brasileiras, buscando tornar o país um player global nessa commodity, além de incentivar o desenvolvimento da cadeia produtiva dos minerais críticos.
Recentemente, o SGB disponibilizou o projeto Geologia e Avaliação do Potencial para Fosfato e Elementos Terras-Raras da Região de Campos Novos (RR), disponível aqui. O documento concentra informações resultantes da prospecção regional para fosfato e terras-raras nessa importante região da Amazônia ocidental.
O objetivo principal é definir fontes potenciais para essas commodities, permitindo apontar ambientes apropriados para obtenção de insumos para a indústria de fertilizantes (fosfato) e para a indústria de baixo carbono (terras-raras) na região central de Roraima.
Esse estudo assume uma relevância ainda maior para Roraima, dada a sua localização no extremo norte do país e as dificuldades logísticas enfrentadas, agravando a escassez de insumos para o setor agrícola. Busca-se, assim, contribuir não apenas para atender à demanda brasileira por novos insumos agrícolas e tecnológicos, mas também para enfrentar os desafios específicos dessa região, representando a publicação desse produto como mais uma fonte crucial de informações para a atração de investimentos na mineração. Isso, por sua vez, tem o potencial de impulsionar a economia não apenas de maneira nacional, mas, de forma mais impactante, regionalmente.
O lançamento desse relatório reitera o compromisso do Serviço Geológico do Brasil com a política governamental de incentivar iniciativas em todas as regiões geográficas do país. Além de contribuir para o aumento do conhecimento geológico, ele estimula investimentos no setor mineral, promovendo a mineração e respaldando decisões de investidores, tanto privados quanto públicos, em áreas onde a necessidade é premente, como é o caso de Roraima.
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia – Serviço Geológico do Brasil incentiva o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos (sgb.gov.br)
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