Bacia do Rio Amazonas: maioria das estações mantém processo de enchente

Serviço Geológico do Brasil divulgou, nesta sexta-feira (26), o 4º Boletim de Alerta Hidrológico, que apresenta informações sobre o nível dos rios em municípios monitorados

Orla de Manaus (Foto: Jussara Cury/SGB)

A chegada da estação chuvosa à Região Norte tem contribuído para elevação do nível dos rios em estações monitoradas pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB). De acordo com o 4º Boletim de Alerta Hidrológico, divulgado pelo SGB nesta sexta-feira (26), os rios seguem em processo de enchente na maioria dos municípios.

No Alto Solimões, que é a cabeceira da Bacia do Amazonas, o rio iniciou a semana com descidas em Tabatinga (AM), mas voltou a subir em registros mais recentes. A última cota registrada foi de 9,47 m. “Em Itapéua (AM), o Solimões continua em processo de enchente, com subidas médias diárias da ordem de 2,4 cm. Em Manacapuru (AM), também apresenta elevações regulares da ordem de 4,6 cm”, indica o boletim. Nesses municípios, o rio alcançou a marca de 11,48 m e 12,65 m, respectivamente.

Em Manaus (AM), o Rio Negro registrou subidas regulares da ordem de 4 cm por dia e está em níveis considerados normais para o período, com cota de 20,95 m. A pesquisadora em geociências do SGB Jussara Cury observa que, na estação, o Negro tem seguido a tendência observada em 2023, o que pode sinalizar uma cheia de menor intensidade neste ano. As máximas em Manaus tendem a ser observadas nos meses de junho.

“Dessa forma, e considerando que os fenômenos climáticos tendem a permanecer até meados de junho de 2024, é possível que as cheias de 2024 não representem um grande evento e que, dependendo da recuperação da bacia, as descidas podem configurar uma nova vazante significativa para essa região”, explica Cury.

Já no Alto Negro, na parte norte da Bacia do Amazonas, em Tapuruquara (AM) e Barcelos (AM), o Rio Negro tem descido uma média de 2 cm por dia. Nessas cidades, as mínimas são registradas em fevereiro. As últimas cotas registradas foram: 3,10 m e 3,07 m.

Bacia do Rio Madeira: O rio voltou a subir em Porto Velho (RO) e alcançou a marca de 8,93 m. Segundo o boletim do SGB, também foram registrados aumentos acentuados em Humaitá (AM), que atingiu a marca de 17,83 m.

Bacia do Rio Amazonas: Conforme o monitoramento, o rio manteve o comportamento de enchente, com subidas regulares nas estações monitoradas, que estão com níveis próximos à faixa da normalidade para o período. As cotas são de: 7,40 m em Itacoatiara (AM), 2,74 m em Óbidos (PA), 3,05 m em Almeirim (PA), 3,26 em Santarém (PA) e 2,89 em Parintins (AM).

Bacia do Rio Purus: O Rio Acre, na cidade de Rio Branco (AC), apresentou subidas acentuadas nos registros mais recentes. A cota registrada foi de 8,25 m. Já em Beruri (AM), o processo de enchente segue, mas com redução da intensidade. Nessa estação, o rio está na marca de 14,43 m.

Bacia do Rio Branco: Na estação de Boa Vista (RR), o Rio Branco apresentou oscilações no processo de recessão. Os níveis estão na marca de 39 cm, abaixo da faixa da normalidade para o período. Em Caracaraí (RR), também ocorreram pequenas descidas ao longo da semana, sendo a cota atual de 93 cm. “A tendência é de recessão até o mês de fevereiro”, explicou Jussara.

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Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia – Bacia do Rio Amazonas: maioria das estações mantém processo de enchente (sgb.gov.br)