Travessia da Laguna dos Patos – Parte V
Partida do Casarão da Soteia (18.09.2011)
Depois de uma boa noite de sono partimos, às 07h15, para São Lourenço. As condições meteorológicas haviam melhorado significativamente e fizemos três paradas estratégicas para poder observar as belezas naturais, em especial as frondosas figueiras e as belas orquídeas que emprestavam suas belas formas e cores aos troncos retorcidos, arrebatados das margens pela fúria das águas da Laguna. Avistamos, ao longe, São Lourenço por volta das 11h00 e a partir daí até nossa chegada, por volta das 13h00, as tainhas saltavam graciosamente à frente das embarcações projetando suas belas, esguias e hidrodinâmicas silhuetas prateadas sobre a linha do horizonte. Avistamos a Rosângela, o Coronel Pastl e seus dois netos Pedro Sérgio e Brian que nos esperavam na Foz do Rio São Lourenço (31°22’41,35” S / 51°57’58,27” O).
Pérola da Laguna
Em São Lourenço do Sul, degustamos o delicioso churrasco preparado pelo Coronel Pastl no acampamento montado no Iate Clube e, depois da refeição, arrumamos nossos pertences. O Professor Hélio permaneceu no acampamento e eu fui para a Pousada da Laguna Apart Hotel, reservada pela Rosângela. A confortável Pousada é a única que concede desconto de 50% para idosos e, graças a isso, pude aproveitar essa rara regalia.
Depois de um reconfortante banho, fomos conhecer a aprazível cidade com suas belas casas e a agradável orla à margem do Rio São Lourenço. Na pousada, consegui secar as roupas molhadas e me reorganizar para a próxima empreitada. O atendimento cordial, o preço diferenciado para idosos e a qualidade das instalações da Pousada da Laguna Apart Hotel certamente servirão de referência para as próximas travessias pela Costa Ocidental da Laguna dos Patos.
Histórico de São Lourenço
A origem do Município remonta ao final do século XVIII, quando a coroa portuguesa distribuiu terras nas margens da Laguna dos Patos a militares que se destacaram nas guerras contra os espanhóis. Os proprietários construíram capelas em devoção aos seus santos prediletos. Em 1807, os moradores da Fazenda do Boqueirão construíram a capela de Nossa Senhora da Conceição, ao redor da qual se desenvolveu o povoado que é o berço do município. Em 1830, o povoado da Fazenda do Boqueirão, foi elevado à Freguesia, por Dom Pedro I, sendo desmembrado da Vila de Rio Grande e incorporado à Vila de São Francisco de Paula, atual Pelotas. Em 1850, o Coronel José Antonio de Oliveira Guimarães doou parte das terras da fazenda para uma nova povoação e, em 1858, firmou contrato com o prussiano Jacob Rheingantz que deu origem à colonização alemã, predominantemente pomerana na região. O pequeno porto localizado na embocadura do Arroio São Lourenço, que já servira à esquadra comandada por Giuseppe Garibaldi durante a Revolução Farroupilha, tornou-se um dos mais importantes portos de veleiros mercantes do sul do Brasil, contribuindo para o progresso da colônia que foi grande produtora de batata durante o século 19 e parte do século 20.
A casa onde Rheingantz instalou a administração da colônia e a sua residência está preservada e integrada ao patrimônio arquitetônico do Município. Palco de muitas batalhas no século 19, devido à Revolução Farroupilha, São Lourenço do Sul abriga importantes passagens da história sobre a formação do Estado do Rio Grande do Sul. A Fazenda do Sobrado, localizada nas margens da Lagoa dos Patos e que serviu de refúgio para Giuseppe Garibaldi, além de ser usada como quartel-general por Bento Gonçalves durante as batalhas contra o Exército Imperial, é uma prova testemunhal destes fatos. Esses acontecimentos são mantidos vivos na memória da cidade e preservados para a posteridade. É com esse espírito que São Lourenço escreve sua história, com muito respeito ao que passou e ávida por novas conquistas. Muito embora a Freguesia de Boqueirão tenha sido elevada à condição de vila e emancipada de Pelotas em 26.04.1884, a sede do novo município foi transferida em 15.02.1890 para São Lourenço, que em 31.03.1938 passou a ser cidade. (Fonte: www.saolourencodosul.rs.gov.br)
Partida de São Lourenço (19.09.2011)
O merecido descanso em S. Lourenço nos recompôs e partimos confiantes para a terceira etapa de nossa travessia na Laguna dos Patos rumo ao Rio Camaquã. Os ventos e as ondas de través não haviam diminuído de intensidade exigindo de nós um esforço muito grande para progredir. Fizemos uma parada intermediária antes da Ponta do Quilombo (31°19’58,83” S / 51°55’40,26” O), de onde rumamos diretamente para Este pegando, a partir daí, o vento de proa, novamente o Professor Hélio conseguiu assumir o comando de seu voluntarioso caiaque “Anaico” e avançamos celeremente a uma velocidade de 4 nós (7,2 km/h).
Paramos na Ponta do Quilombo (31°20’00,83” S / 51°51’20,96” O) e apontei para o Hélio nosso objetivo a Nordeste, a Foz do Camaquã. Ele sugeriu uma parada a uns cinco quilômetros adiante, 2 km à NNE da Barra Falsa do Camaquã (31°17’06,74” S / 51°48’42,55” O), no que parecia, pelo Mapa do Google Earth, uma extensa Praia de areias brancas. O vento ia golpear o caiaque do Hélio com ondas de través, novamente prejudicando-lhe a progressão. Avancei diretamente para o ponto sugerido (31°17’58,45” S / 51°49’32,76” O) e aguardei o companheiro em terra. O Hélio mal parou para descansar e resolveu continuar a progressão acompanhando a costa enquanto eu, depois de aguardar um tempo, orientei minha rota diretamente para a Foz do Camaquã. Aportei no Delta da Barra Funda do Camaquã (31°17’10,18” S / 51°46’17,01” O) e arrastei o caiaque para um banco de areia mais ao Sul, deixando-o de lado para que o professor pudesse avistá-lo de longe. Calibrei o GPS e fiquei, algum tempo, admirando as aves que emprestavam um colorido especial à mesopotâmia camaquense. Um bando de oito colhereiros cor-de-rosa ([1]) destacava-se com suas graciosas evoluções e colorido que se mesclava com o azul celeste.
O Hélio demorou um pouco para chegar, pois confundira-se na trama aquática da região e, depois de descansar um pouco, partimos juntos, contornando o Delta assoreado do Camaquã, para nosso destino na Ilha de Santo Antônio.
Avistamos uma pequena Ilha na entrada da Barra Grande e penetramos confiantes nas águas do Camaquã. Logo na entrada observei, intrigado, uma estranha embarcação que vinha em nossa direção. A bizarra nau apresentava grandes volumes laterais na popa e do cockpit avistavam-se quatro braços, dois empunhando um remo e os outros dois uma máquina fotográfica. Eram os amigos Pedro Auso Cardoso da Rosa e sua esposa Vera Regina Sant’Anna Py em seu caíque oceânico duplo, totalmente modificado com dois estabilizadores na popa e suportes para carga na proa.
Os parceiros nos conduziram até a cabana (31°14’42,63” S / 51°44’54,37” O) de seu amigo Henrique, na margem Oriental da de Ilha de Santo Antônio, onde pernoitaríamos. Na cabana nos aguardavam o Coronel Sérgio Pastl e seus dois netos Pedro Sérgio e Brian. O Mestre Pedro fez questão de transportar, por segurança, os caiaques no seu reboque da Praia até a cabana. Depois de arrumarmos nossas tralhas e tomarmos um bom banho, saboreamos a refeição preparada pelo Coronel Pastl. Dormimos cedo para enfrentar a jornada seguinte. A Ilha de Santo Antônio faz parte do 6° Distrito do Município de Camaquã conhecido como Vila da Pacheca. O site da Prefeitura de Camaquã conta-nos que:
A Vila da Pacheca é a região mais importante da cidade em termos de vestígios históricos. Todas as casas da Vila estão na beira do Rio Camaquã que era, para esse povoado, o acesso ao mundo. Ali, está a casa de Manoel da Silva Pacheco, considerado fundador de Camaquã, apesar das controvérsias. A Vila é conhecida como Pacheca porque, quando ele faleceu, sua esposa ficou administrando a fazenda. A localidade viveu um surto de progresso devido às granjas.
Em 1922, tinha central telefônica e pista de pouso da Varig. Na Pacheca existem outros lugares históricos: a Fazenda da Tapera, sesmaria dos Centenos; a da Barra, próximo ao atracadouro da balsa que passa para a Ilha de Santo Antônio. Ali tem o local da primeira casa de D. Antônia Gonçalves da Silva, irmã de Bento Gonçalves. A fazenda chegou a ter 500 empregados na década de 20.
Quando Garibaldi chegou à Sesmaria do Brejo, também de propriedade de D. Antônia, já encontrou dois lanchões em construção, sob a orientação do norte-americano John Griggs. Nos galpões da velha charqueada o governo republicano mandou construir o seu estaleiro. No final da Revolução Farroupilha, Bento Gonçalves se recolheu à Estância do Cristal, então em Camaquã. (www.camaqua.rs.gov.br)
Vera Regina Sant’Anna Py
Rio Camaquã
(Vera Regina)
Em cada volta de Praia
Em cada barranca do Rio
Ficaram as pegadas somente
Da capivara assustada
E do canoísta
Que dali partiu.
Belo Rio Camaquã!
Do serpentear do teu leito
Levamos a grata lembrança
Do vigilante Martim-pescador,
Do voo da Garça moura,
Do saltar da tainha,
Da espuma da correnteza,
Da rede do pescador…
A professora Vera Regina, natural de Guaíba, é graduada em Ciências, especialista em meio ambiente e toxicologia aplicada. A canoagem proporcionou-lhe uma inesquecível aventura pelo cânion Fortaleza, em Cambará do Sul, RS, que ela materializou através de um poema. Companheira fiel de seu esposo Pedro Auso, ela o acompanha nas remadas, caminhadas, pedaladas e outras tantas aventuras radicais pelos nossos rincões. A poetisa-escritora faz uma crítica contundente ao desrespeito à natureza promovido pelo ser humano afirmando: “acho que o homem necessita acordar urgentemente para um verdadeiro respeito pela natureza.” Vera Regina presenteou-nos com seu belo e inspirado livro “O Rio Camaquã e a Canoa” que, como ela mesma afirma, “é um entrelaçar de esporte e poesia, com conhecimento ecológico, pois percorri os 230 km do Rio e quero que vocês também o façam comigo”.
Relatos Pretéritos ‒ Etimologia de Ycabaquã
Robert Avé-Lallemant (1853)
Até ao Passo do Camaquã ([2]) [também chamado Ycabaquã e Cabaquã], tinha eu de fazer, dali, mais umas 2 pequenas milhas. Com a facilidade da orientação e da estrada, realmente boa, pouco depois alcançávamos o Rio. O Camaquã ([3]) [não confundir com o Rio do mesmo nome que deságua na Laguna dos Patos] tem mais ou menos a mesma origem, o mesmo comprimento e o mesmo volume de águas do Piratinim; talvez pouco menor. No Passo “Sussurra”, acima uma pequena cachoeira; corrente propriamente dita não se descobre (AVÉ-LALLEMANT)
Ptolomeu de Assis Brasil (1935)
A 23 de janeiro [1756] pernoitaram os exércitos nesse posto. Avançaram a 24 pouco mais de 2 léguas, pela coxilha geral, rumo aproximadamente NO e NNO, pousando nas pontas de Camaquã [Ycabaquã – Rio correntoso], pouco ao Norte do atual Rodeio Colorado, onde estacionaram todos no dia 25. (BRASIL)
Relatos Pretéritos ‒ Rio Camaquã
Domingos de Araújo e Silva (1865)
Camaquã ou Icabaquã (Rio): nasce por diversos braços na Serra de Santa Tecla, no Município de Bagé, separa este Município do de Caçapava, e este e o da Encruzilhada do de Canguçu, e o de Pelotas do de Porto Alegre, e, depois de ter recebido as águas de vários arroios derivados da ponta Austral da Serra do Herval.
Lança-se na Lagoa dos Patos na Latitude Sul de 31°16’10” e Longitude Oeste do Observatório do Rio de Janeiro de 08°03’29” entre os baixios do Quilombo e do Vitoriano e em frente à Ponta do Bujuru, por três Bocas denominadas ‒ Barra Grande, Barra Funda e Barra Falsa, formando oito ilhas, duas grandes e seis pequenas; apesar de ter 50 léguas de curso é navegável em pequena extensão. Foi junto a este Rio que teve lugar o assassinato do bravo coronel Albano de Oliveira Bueno pela escolta que o conduzia preso para Porto Alegre depois da ação da margem esquerda do Rio S. Gonçalo, na qual esse valente Coronel com cento e tantos companheiros se bateu contra oitocentos e tantos dissidentes ([4]) que venceram em razão do número e não do valor.
Sobre a margem direita da Barra Grande deste Rio foi batido Garibaldi, que se achava ao serviço dos dissidentes, pelas forças legais ao mando do Barão do Jacuí; e depois o Almirante Grenfell tomou-lhe todos os lanchões com que infestava a Lagoa dos Patos, apreendendo as embarcações mercantes que faziam o tráfego do comércio entre a cidade do Rio Grande e a de Porto Alegre. (SILVA)
Hilário Ribeiro (1880)
Rio Camaquã
Onde tem origem o Rio Camaquã?
Na serra de Santa Tecla, no Município de Bagé e corre perpendicularmente à Laguna dos Patos, onde vai desaguar depois de um curso mais ou menos de 330 km, formando três Barras denominadas: Barra Grande, Barra Funda e Barra Falsa. Qual é a sua importância hidrográfica? É caudaloso e notável, sobretudo, pela velocidade de suas águas, que banham um largo vale formado ao Norte pela Serra do Herval e ao Sul pela dos Tapes, recebendo os numerosos afluentes que rolam de suas escarpas. É depois do Jacuí o maior tributário da Laguna dos Patos, não obstante ser feita a sua navegação por iates, estendendo-se a pouca distância pelo interior.
Que estabelecimentos industriais existem nas circunvizinhanças da embocadura do Camaquã? Algumas charqueadas e fábricas de erva mate. (RIBEIRO)
Ramiro Fortes de Barcellos (1915)
Ramiro Barcellos, valendo-se do pseudônimo “Amaro Juvenal”, satirizou a figura do então Governador do Estado, Borges de Medeiros, através de um poema denominado “Antônio Chimango”, publicado em 1915.
Antônio Chimango
(Amaro Juvenal)
Quarta Ronda ‒ XCVII
O Camaquã ficou cheio,
Deitou água campo fora,
Ali nos veio a caipora,
Que o destino a ninguém poupa:
Nem tempo pra mudar roupa,
Nem pra desatar a espora. (JUVENAL)
REVISTA IHGRGS, 1925
TICABAQUÃ: c. ti-cabãquã, Rio Correntoso, que corre com força, torrencialmente, com velocidade. Antiga denominação do Camaquam do Sul e que traduz perfeitamente o seu modo de ser, especialmente no início de seu curso, em que corre impetuosamente, como todos os Rios que descem de serras ou de grandes elevações. (REVISTA IHGRGS)
Por Hiram Reis e Silva (*), Bagé, 13.12.2023 – um Canoeiro eternamente em busca da Terceira Margem.
Bibliografia:
AVÉ-LALLEMANT, Robert Christian Barthold. Viagem pelo Sul do Brasil no ano de 1858 ‒ Primeira Parte ‒ Brasil ‒ Rio de Janeiro, RJ ‒ Ministério da Educação e Cultura ‒ Instituto Nacional do Livro ‒ Estabelecimentos Gráficos Iguassu, 1953.
BRASIL, Ptolomeu de Assis. Batalha de Caiboaté: Episódio Culminante da Guerra das Missões ‒ Brasil ‒ Brasília, DF ‒ Edições do Senado Federal, 2005.
JUVENAL, Amaro (Ramiro Barcellos). Antônio Chimango ‒ Brasil ‒ Porto Alegre, RS ‒ Porto Alegre ‒ Martins Livreiro, 1982.
REVISTA IHGRGS. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul ‒ Volume 5 e 6 ‒ Brasil ‒ Porto Alegre, RS ‒ Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (IHGRGS), 1925.
RIBEIRO, Hilário. Geografia da Província do Rio Grande do Sul: Adaptada às Classes Elementares e Adornada com Mapas Coloridos ‒ Brasil ‒ Pelotas, RS ‒ Carlos Pinto & Companhia ‒ Tipografia da Livraria Americana, 1880.
SILVA, Domingos de Araujo e. Dicionário Histórico e Geográfico da Província de São Pedro ou Rio Grande do Sul ‒ Brasil ‒ Rio de Janeiro, RJ ‒ Casa dos Editores Eduardo & Henrique Laemmert, 1865.
(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
- Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
- Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
- Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
- Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
- Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
- Ex-Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
- Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
- Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
- Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
- Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
- Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
- Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
- Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós (IHGTAP)
- Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
- E-mail: [email protected].
[1] Colhereiros cor-de-rosa (Platalea ajaja): para obter alimento, a ave arrasta o seu bico sensível em forma de colher de um lado para o outro revirando o lodo. No período reprodutivo, exibe uma plumagem cor-de-rosa mais intensa. A ingestão de peixes, insetos, camarões, moluscos e crustáceos ricos em carotenóides lhe conferem a característica coloração rosada. (Hiram Reis)
[2] Camaquã: Camaquã tem origem na palavra tupi-guarani “Ycabaquã”, como “Y” ou “I” e “Ty” ou “Ti” significam Rio ou água e “Cabaquã” correnteza, temos, em consequência, “Rio correntoso”. (Hiram Reis)
[3] Camaquã: Ave-Lallemant e Ptlomeu referem-se, na verdade, ao Rio Icamaquã, afluente do Rio Uruguai. Podemos, ainda, encontrar amparo a essa assertiva na obra “Arte de la Lengua Guarani, ó mas Bien Tupi (1876)” de Antonio Ruiz de Montoya, autor do livro reporta que:
‒ Agua, I: Ti.
‒ Correnteza de Rio, Ticabâqûâ : Tipibâqûâ : Icabaqûâ.
‒ Rio, I: Ti. (Hiram Reis)
[4] Dissidentes: farroupilhas. (Hiram Reis)
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