Com o tema “Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável”, o evento contará com uma variedade de oficinas, dinâmicas e competições, envolvendo 130 estudantes e 62 professores de Portel e Melgaço, dois municípios da região do Marajó.
Agência Museu Goeldi – A Estação Científica Ferreira Penna (ECFPn), base do Museu Paraense Emilio Goeldi, localizada na Floresta Nacional de Caxiuanã se prepara para receber uma turma animada. Dia 27 inicia a 12ª edição das Olimpíadas de Ciências na Floresta Nacional de Caxiuanã, após 3 anos de intervalo. O evento, que encerra dia 1/12, contará com a participação de 254 pessoas, sendo 130 alunos e 62 professores de 14 unidades rurais ligadas as escolas de referência Andrea Raulino e Estefânia Monteiro, do município de Portel, Ilha do Marajó (Pará), 31 ministrantes de oficinas, 21 que atuam na organização e apoio, 6 bombeiros e 4 enfermeiros.
As Olimpíadas de Ciências de Caxiuanã fazem parte do conjunto de ações anuais de divulgação científica promovidas pelo Museu Goeldi junto às comunidades do entorno da Floresta Nacional (FLONA). E, por conta da pandemia da Covid-19 e falecimento nesse período da educadora que criou e coordenava o Programa de Educação do Goeldi em Caxiuanã, Socorro Andrade, as ações ficaram interrompidas durante três anos e retornam em grande ritmo neste ano. As Olimpiadas também integram as comunidades ribeirinhas da FLONA à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
Programação – Ao longo de 5 dias de programação, os estudantes participam de uma variedade de atividades, incluindo oficinas de ciência, competições esportivas, momentos culturais e dinâmicas diversas. Nas oficinas, os participantes, que incluem também professores da rede pública de ensino e lideranças comunitárias, têm a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre a conservação dos biomas, o uso responsável dos recursos florestais, peculiaridades de aracnídeos e outros insetos da região amazônica, morcegos, fósseis do Pará, DNA de vegetais, arqueologia, empreendedorismo na bioeconomia, educação ambiental, uso sustentável da água, memória coletiva, jornal mural interativo, etnografia audiovisual, produção cinematográfica, fanzine e experimentos de ciências com materiais alternativos.
O dia é entremeado ainda por uma série de dinâmicas, orientações de saúde e tem as Noites Culturais.
Esporte na Floresta – Nas Olimpíadas, uma das atividades mais aguardadas são as competições esportivas. Os estudantes disputarão em categorias que tem jeito amazônico, como natação no rio, casquinhagem (corrida de canoas personalizadas) e subida de arvore com peconha (escalada utilizando um cinto feito de fibra amarrado aos pés).
Homenagem – Nesta edição, que celebra a volta das Olímpiadas da Floresta, o primeiro momento da programação será para saudar quem plantou o gosto pela ciência e a esperança por desenvolver com sustentabilidade através da educação. A pedagoga Socorro Andrade estimulou, articulou e participou ativamente da qualificação de professores nas comunidades rurais vinculadas a Flona de Caxiuanã, semeou sonhos profissionais e muito afeto no seu agir. Acolhia com sorrisos e abraços, cutucuva gestores, escolas, moradores, alunos e professores para falar de educação e ciência. O Programa de Educação em Ciências que desenvolveu com as comunidades é um sucesso, um legado de 30 anos, com pontos altos representados na Feira de Ciências e nas Olimpíadas da Floresta.
Olimpíadas – A história das Olimpíadas de Ciências da Floresta Nacional de Caxiuanã teve início em 2001 sob a forma de uma gincana de ciências, mas, em 2008, a ação evoluiu para a atual configuração de Olimpíada na Floresta.
O principal objetivo das Olimpíadas é divulgar as pesquisas realizadas pelo Museu Goeldi e promover a educação científica e ambiental nas comunidades próximas à Estação Científica Ferreira Penna, no Marajó. E sua realização, além da equipe do Museu Goeldi, sempre mobilizou parceiros das secretárias de educação, de outros institutos de pesquisa, das universidades, ONGS, secretarias de saúde e Corpo de Bombeiros. E não há quem participe da ação que não fique encantado com a experiência.
A atual coordenadora do projeto, que participou ativamente das edições anteriores, a educadora Ana Claúdia Silva, destaca a importância do evento para a relação entre o Museu Goeldi e comunidades do Marajó: “A Olimpíada é um momento forte da interação entre a comunidade ribeirinha e o Museu Goeldi. As comunidades ficam conhecendo o instituto de pesquisa e como a ciência contribui para o desenvolvimento social naquele entorno”.
Ficou curioso sobre as Olimpíadas de Ciências da Floresta de Caxiuanã? Então veja uma pitada nos vídeos “Diário das Olimpíadas de Caxiuanã”, no canal do Museu Goeldi no Youtube DOC – Diário das Olimpíadas de Caxiuanã – 01 – YouTube
Texto: Nina Dacier e Joice Santos
PUBBLICADO POR: MUSEU GOELDI – 12ª Olimpíadas de Ciências da Floresta de Caxiuanã — Museu Paraense Emílio Goeldi (www.gov.br)
Deixe um comentário