Estudo do Escolhas revela potencial de três frentes de trabalho para dinamizar o setor da recuperação florestal no país

Para cumprir a meta de recuperar 12 milhões de hectares de florestas, assumida no Acordo de Paris, o Brasil precisa de mão de obra para atuar na implementação e no manejo das áreas, bem como na produção de 10,5 bilhões de mudas. Juntas, essas frentes podem gerar 5,2 milhões de novos empregos, como mostra a publicação “Mais de 5 milhões de empregos: os bons frutos da recuperação florestal”, do Instituto Escolhas. O texto traz um novo recorte do estudo “Os bons fru­tos da recuperação florestal: do investimento aos benefícios”, também recém-lançado pela organização.

“Ao investir na recuperação florestal de forma estratégica, o país tem a oportunidade de criar soluções ambientais e sociais, considerando que essa atividade demanda mão de obra intensiva e, ao mesmo tempo, oferece possibilidades para segmentos vulneráveis ao desemprego”, afirma Patricia Pinheiro, gerente de projetos do Escolhas.

Ela destaca o exemplo das American Climate Corps como uma possível referência para a criação e implementação de uma estratégica brasileira. “Nessa iniciativa, o governo dos Estados Unidos está criando frentes de treinamento em atividades de conservação florestal e fontes renováveis de energia, com a intenção de direcionar grandes contingentes para as vagas que começam a surgir em atividades econômicas baseadas na natureza”, explica Pinheiro. “O Brasil tem um gigantesco potencial de geração de empregos nessas mesmas áreas. Cabe ao governo criar caminhos para a formação e qualificação da mão de obra necessária para impulsionar a economia da floresta” defende.

Segundo a publicação, 2,5 milhões de empregos podem ser gerados na fase de implementação dos projetos de restauração apresentados no estudo. Outras 390 mil vagas podem ser criadas para produzir e manejar o enorme montante de mudas que serão requisitadas para a recuperação dos 12 milhões de hectares. Por fim, mais 2,3 milhões de empregos podem ser gerados no manejo contínuo de 1,02 milhão de hectares de sistemas agroflorestais em propriedades da agricultura familiar.

Leia o estudo “Os bons fru­tos da recuperação florestal: do investimento aos benefícios” e todas as publicações relacionadas a ele neste link.

Fonte: Instituto Escolhas

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