Pesquisadores da empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia identificaram as áreas de risco e emitiram recomendações para conter o processo, além de evitar desastres
A região da vila de Arumã, no município de Beruri, no Amazonas, está entre os setores avaliado em 2014 pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), para a identificação e classificação de áreas de alto e muito alto risco geológico.
Conforme consta no relatório emitido pelos pesquisadores do SGB, a comunidade fica localizada na margem direita do rio Purus, em Terra Firme, sendo afetada por processos geológicos de deslizamentos e terras caídas.
Quando o setor foi mapeado, a área identificada como de risco alto era menor em relação à dimensão atual, afetada por um grande deslizamento no último dia 30 de setembro.
Além da avaliação sobre o risco, o relatório do SGB, que foi encaminhado às autoridades locais naquele ano, também contemplava sugestões de intervenções.
Os pesquisadores do SGB responsáveis pela avaliação sugeriram no documento a realização de obras de contenção da base do talude, a implantação de um sistema de drenagem pluvial para direcionar a água corretamente, a realização de ações de ambiental para população, o monitoramento das feições erosivas, entre outras sugestões.
Além de ter sido encaminhado oficialmente às autoridades locais, o relatório está disponível para consulta aqui
Áreas de risco no Amazonas
O SGB realiza há mais de dez anos o mapeamento de áreas de alto e muito alto risco geológico em todo o território nacional. Entre os anos de 2011 e 2023, até o mês de setembro, pesquisadores da instituição mapearam 1.675 municípios brasileiros, com resultados da avaliação compilados em relatório geotécnico entregue às prefeituras a partir da publicação dos estudos.
Do total de localidades avaliadas, 61 cidades pertencem ao estado do Amazonas, onde o Serviço Geológico do Brasil identificou 361 áreas de alto e muito alto risco geológico e/ou hidrológico, onde residem mais de 105 mil brasileiros.
Entre as 361 áreas de risco, 119 delas estão relacionadas ao fenômeno de terras caídas, onde residem cerca de 30 mil pessoas. É o importante ressaltar que o fenômeno de terras caídas tem maior frequência de ocorrência na Região Amazônica, com destaque para os Estados do Amazonas, Rondônia, Pará e Acre.
Mais detalhes sobre os mapeamentos realizados no Estado do Amazonas podem ser consultados aqui
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil – Indícios do deslizamento que afetou cidade no AM foram identificados em 2014 pelo Serviço Geológico do Brasil (sgb.gov.br)
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