Publicação aborda a história dos engenhos de açúcar no território paraense
A atividade açucareira na boca do rio Amazonas é o tema principal da publicação “Engenhos do Pará”, que foi lançada nesta quinta-feira (14/9), na 26ª Feira Panamazônica do Livro e das Multivozes, em Belém (PA). Organizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a obra reúne a descrição dos engenhos de cana-de-açúcar estabelecidos no estuário amazônico desde o período colonial até meados do século XX, contando o funcionamento desses empreendimentos e os remanescentes dessa história em municípios paraenses.
Síntese do Inventário Cultural do Patrimônio Material dos Engenhos do Estado do Pará, o livro foi organizado pelo arquiteto Giovanni Blanco Sarquis, que tem mestrado e doutorado em Arquitetura e Urbanismo e atua na superintendência do Iphan no Pará. A publicação trata de engenhos nos municípios de Abaetetuba, Barcarena, Belém, Benevides, Igarapé-Miri, Marituba e Moju, por meio da identificação arquitetônica de remanescentes físicos, juntamente com a pesquisa documental e bibliográfica.
Para o arquiteto Giovanni Sarquis, a “importância do registro que o Iphan realiza na questão dos engenhos se enquadra no papel institucional de documentar e promover o significado histórico das produções humanas relacionadas aos ciclos econômicos de nossa formação”.
A publicação abarca quatro tópicos principais: o contexto histórico da economia canavieira no Brasil e no estado do Pará; os engenhos inventariados, demonstrando o valor da cultura material remanescente após a paralisação das atividades; a tecnologia, a organização e a construção de engenhos; e, por fim, os engenhos como Patrimônio Cultural, no qual se discute a percepção sobre os remanescentes das construções, contribuição histórica e perspectivas de preservação e promoção do conhecimento relativo a esse patrimônio.
“O livro ‘Engenhos do Pará’ nos remete à importância econômica daquela fase de crescimento das regiões do estado do Pará, sendo possível averiguar os caminhos e territórios percorridos pela atividade canavieira e entender a importância histórica e cultural dos engenhos”, avaliou a superintendente do Iphan no Pará, Cristina Vasconcelos. “A obra em si traz à sociedade um apanhado fantástico de conhecimento econômico da época, de grande valia à contextualização do estado.”
Para ver a obra completa, clique aqui.
Fotos: Catarine Saunier/Iphan-PA.
Assessoria de Comunicação Iphan – Iphan lança “Engenhos do Pará” na Feira Panamazônica do Livro em Belém (PA) — Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (www.gov.br)