BOA VISTA (RR) – Cinco pistas de pouso e decolagem localizadas na Terra Indígena Yanomami, em Roraima serão recuperadas. A ordem de serviço para o início das obras foi assinada nessa quarta-feira, 27, entre a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Pista de pouso na região do Surucucu, em Roraima – Divulgação/FAB – Postada em: Agência Cenarium Amazônia (aamazonia.com.br)

A prestação de serviços será realizada nas localidades de Auaris, Surucucu, Missão Catrimani, Maloca Paa-Piu e Palimiú. A ordem de serviço foi assinada pela presidente da Funai, Joenia Wapichana, e pelo diretor de Operações e Serviços Técnicos da Infraero, Eduardo Minoru Nagao, em solenidade realizada em Brasília.

O prazo de vigência da contratação é de 24 meses, contados a partir da assinatura do contrato. A medida atende às determinações do Decreto nº 11.405, de 30 de janeiro de 2023, que instituiu emergência em saúde pública no território Yanomami.

O contrato engloba uma série de medidas emergenciais, como recapeamento e reparos nas pistas, além da elaboração de documentos necessários para licitações, seleção de fornecedores e fiscalização das obras. As obras devem ter início em novembro.

“A reforma das pistas vai permitir que os órgãos envolvidos na proteção do território e dos indígenas cheguem a esses locais para que o atendimento seja realizado, para que se restabeleça a dignidade dos povos indígenas, até mesmo para a distribuição de cestas de alimentos. Estamos correndo contra o tempo para atender as demandas do povo Yanomami”, enfatizou a presidenta da Funai.

Segundo ela, a medida também irá contribuir para que outros programas governamentais cheguem à região. “As pistas são essenciais para que haja o acesso dessas equipes ao território, para que o Estado Brasileiro chegue a esses locais. Nós estamos vendo hoje um avanço significativo para que a proteção dos Yanomami de fato se concretize”, ressaltou.

De acordo com o diretor de Operações e Serviços da Infraero, a cooperação entre os órgãos poderá ser ampliada futuramente. “Estamos muito felizes em poder participar desta iniciativa junto com a Funai. Gostaríamos que, no futuro, essa parceria fosse ampliada. Vamos cumprir o prazo de 24 meses já estabelecido. A região possui particularidades complexas, mas temos a experiência necessária e o conhecimento para executar essas obras”, destacou.

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Wynicius Gonçalves – Da Revista Cenarium Amazônia / Editado por Jefferson Ramos / PUBLICADO POR: Agência Cenarium Amazônia (aamazonia.com.br) 

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