Entrada gratuita, informações sobre a história centenária da base mais popular da instituição, convite para uma visita noturna e o Bolo de Flores cujas fatias você leva pra casa são algumas das atividades dentro da programação comemorativa do Goeldi. As celebrações começam no dia 15 de agosto, dia do aniversário do Parque, com entrada gratuita, prosseguem no dia 20, com o Domingo é Dia de Ciência, e se encerram no dia 24, com a visita noturna.
Agência Museu Goeldi – Na próxima terça-feira (15), dia da Adesão do Pará a independência do Brasil, o Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi completa 128 anos. Para celebrar a data, uma programação com diversas atividades especiais em diferentes dias. No dia 15, a entrada ao Parque será gratuita e no dia seguinte (16) os primeiros visitantes serão recepcionados com brindes.
A maior parte das atividades acontecem no dia 20 de agosto, no Domingo é Dia de Ciência, na área da Sumaumeira Jovem, próximo ao portão da 9 de Janeiro. Todos os visitantes poderão se reunir para cantar parabéns ao Parque do Museu Goeldi com o tradicional Bolo de Flores, formado por mudas de várias espécies e que, ao final, são distribuídas ao público. Os destaques desse domingo serão os alunos do Clube do Pesquisador Mirim e a Coleção Didática Emília Snethlage, com animais que fizeram história no Zoobotânico, como o jacaré-açu Alcino, a onça Bemp, o gavião real, a ariranha e a preguiça. Mas também teremos histórias geológicas da Amazônia, com mostras de fósseis encontrados nesta região.
E se prepare para mais histórias desse coração verde de Belém: os funcionários mais antigos do Zoobotânico mostrarão seus instrumentos de trabalho e compartilharão suas experiências de cuidados com o ambiente, a fauna e a flora do Parque do Goeldi. E a história dos mestres no uso dos recursos naturais da Amazônia? Você também terá chance de conversar e conhecer os produtos de quem trabalha com polpas e sucos de frutas, além das comidas típicas locais.
O coordenador da programação, o educador Luiz Videira, explica: “vamos utilizar os recursos didáticos que temos relacionados ao Parque. Então durante a semana, vamos trabalhar as visitas programadas que vão dar um destaque para a parte histórica do lugar e o Domingo é Dia de Ciência será todo direcionado para o Parque Zoobotânico”.
Atrações especiais – A partir do dia 15 de agosto, o público visitante poderá conferir informações sobre três ícones do Parque (sendo um vegetal, um animal e um monumento): a árvore Samaumeira, a ave cabeça seca, e o cientista Jacques Huber. Haverá painéis especiais expostos ao lado da Samaumeira, da foto do cientista e no local onde geralmente a ave Cabeça Seca, um dos animais mais longevos do Zoobotânico, pode ser visto passeando – o Lago dos Tambaquis.
No dia 24/08, está marcada uma trilha noturna em que serão abordados a fauna e a flora do Parque Zoobotânico: adaptações morfológicas que alguns seres vivos apresentam para o ambiente noturno e informações científicas sobre animais e plantas em suas relações com a cultura popular amazônica.
“Durante a visita noturna, o veterinário do Zoobotânico, Antônio Messias Costa, irá apresentar e conduzir a visita para mostrar alguns pontos da fauna e da flora durante o período da noite, para possibilitar a visita de grupos de estudantes de EJA (Educação de Jovens Adultos) que nem sempre têm a oportunidade de visitar o Parque”, adianta Luiz Videira.
Outra atividade é um grupo de diálogos sobre as memórias do público com o Parque e suas mudanças ao longo do tempo, que acontecerá em visitas agendadas a partir do dia 16/08. Os visitantes poderão trazer alguma lembrança de visitas anteriores ao espaço (fotos de passeio, estudos, além dos famosos retratos sobre o cavalinho, algum brinquedo ou objeto, contar algum fato familiar, etc.). O objetivo é promover uma troca de lembranças a partir destas referências para dialogar sobre os 128 anos de abertura deste lugar de memória: O Parque Zoobotânico.
História – O Parque Zoobotânico do MPEG foi aberto em 1895, com o intuito de abrigar o jardim zoológico e o horto botânico do então Museu Paraense de História Natural e Etnographia, fundado em 1866. Sua estrutura foi se expandindo ao longo de décadas, com a desapropriação dos terrenos vizinhos. Atualmente ocupa um quarteirão inteiro na Avenida Magalhães Barata, bairro de são Braz, e é um ícone da cidade de Belém e da memória afetiva local. Além disso, também é lar de cerca de 80 espécies animais (3 mil indivíduos) e mais de 500 espécies de plantas (quase 4 mil indivíduos). Abriga monumentos históricos, espaços expositivos e de educação, além de ser local de tratamento para animais silvestres resgatados pelos órgãos ambientais. Quando há condições dos animais, o Parque Zoobotânico é base de apoio para seu retorno à natureza. Quando esse retorno não é possível, são mantidos e cuidados de acordo com os melhores padrões de tratamento ou encaminhados a outras instituições no Brasil.
Texto: Kauanny Cohen e Uriel Pinho / Edição: Joice Santos / Publicado por: Museu Goeldi – Parque Zoobotânico do Museu Goeldi comemora 128 anos — Museu Paraense Emílio Goeldi (www.gov.br)
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