O historiador é o guardião do tempo, o qual com sua caneta escreve a história da humanidade. Observa os acontecimentos e os registram como fatos. Faz a análise, busca sua reflexão, apresenta sua opinião de todo texto e o contexto em que a história se apresenta e está inserida.
O historiador através do seu olhar, interpreta os fatos de forma imparcial na tentativa de ajudar a humanidade a compreender o seu presente, vislumbrando o futuro.
Se o passado é tudo aquilo que aconteceu e não volta mais, a distinção entre passado e presente é elemento essencial da concepção do tempo. O presente, para o historiador, é o instante, o agora, o momento em que a transformação está ocorrendo. Já o futuro é uma incógnita, pois não sabemos ao certo quando irá chegar. É, pois, uma operação fundamental da consciência e da ciência histórica.
Para Brandel (1902), a história é decomposta em três planos sobrepostos, o “tempo geográfico”, o “tempo social” e o “tempo individual”.
Heródoto, considerado o pai da história, foi o primeiro a observar o comportamento social e fez seus registros. Deixou escritos para conhecimentos de todos, um legado que jamais será esquecido nem o tempo apagará.
Por isso, ser historiador é manter o compromisso com a verdade, ser imparcial, sem deixar influenciar pelas correntes ideológicas que a sociedade insiste, adota e impõe.
François Jacob (1970) propõe que a história é uma ciência que dá conta das condições de sua produção e que individualiza, em toda a sua complexidade, as etapas do saber.
Ser historiador é respeitar a opinião alheia e o ponto de vista de cada pessoa, mesmo sabendo que não bebeu na mesma fonte de inspiração ou da curiosidade. Lembra-se, suas verdades não são absolutas. Assim, o diálogo entre a história e a ciência sociais tende a privilegiar as relações entre história e antropologia, embora também se pense que a história abrange a sociologia.
Ser historiador é saber ler e questionar tais documentos com base em técnica e de métodos. A profissão em si é fundamentada em base histórica, que para Langlois “sem documento não há história”.
Para Jacques Le Goff, a história faz-se, sem dúvida, com documentos escritos. Quando há. Mas pode ser e deve fazer-se sem documentos escritos, se não existirem (…) Faz-se com tudo o que a engenhosidade do historiador permite utilizar para fabricar o seu mel, quando faltam as flores habituais: com palavras, sinais, paisagens e telhas.
Todo historiador deve aprender a ler o silêncio e as lacunas que está nas entre linhas, observando seu sentido semântico ou a interpretação de cada acontecimento.
O que seria da humanidade sem os conhecimentos desse profissional? Talvez estaria presa ao esquecimento, pois a cada milésimos de segundo, estamos assistindo o instante, o agora virar passado, e o passado sendo registrado na história. Sendo assim o legado social há de continuar por mais alguns milênios.
O historiador é aquele profissional que vaga entre os livros empoeirados das bibliotecas, buscando compreender o sentido das coisas.
O historiador é aquele profissional que se dedica diuturnamente buscando esclarecimento dos acontecimentos vividos e vivenciados por toda a humanidade.
Salve a história!! Salve a memória!!
Salve 19 de agosto, o Dia do Historiador.
Historiador LOURISMAR BARROSO
Doutorando em Educação – UNIVALI/FCR
FONTE: Correio Eletrônico (e-mail) recebido do autor
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