MANAUS – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) destruiu, nesta semana, equipamentos utilizados no garimpo ilegal em uma área de manejo de pirarucu que abrange o Amazonas e o Pará. O local exato da operação não foi divulgado, por se tratar de ação policial ainda em andamento.

Balsa de garimpo foi incendiada. (Divulgação) – Postada em:  Agência Cenarium Amazônia (aamazonia.com.br)

O Ibama flagrou uma balsa tipo draga de garimpo em plena atividade e o equipamento foi incendiado por agentes federais no decorrer da operação. De acordo com o superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo, no local, o rio já se encontra degradado pelo mercúrio utilizado na atividade ilegal.

A ação da draga remove o material do solo, decompondo os barrancos do rio e lançando-os no seu leito, o que acarreta no assoreamento e a mortandade de peixes“, explicou o superintendente, lembrando, ainda, que a contaminação de rios e peixes pelo mercúrio prejudica a saúde da população.

A destruição de bens, lembra o instituto, é um procedimento com respaldo legal no Decreto 6514/08 e “se faz necessário para evitar a continuidade do dano ambiental em áreas remotas, de difícil acesso e riscos iminentes de atentado à vida dos agentes públicos“.

O Ibama tem investido fortemente no combate ao garimpo, inclusive, utilizando helicópteros e agentes especializados nesse tipo de crime ambiental“, afirmou, ainda, Joel Araújo.

Combate ao garimpo

Em junho deste ano, o Ibama destruiu 43 balsas de garimpeiros que operavam ilegalmente na extração de ouro na calha dos rios Puruê e Japurá, nos municípios de Japurá e Maraã, no Amazonas. A ação foi em parceria com o Exército e a Marinha do Brasil na Operação Ágata. Segundo o Ibama, as dragas, equipamentos e combustível apreendido foram avaliados em R$ 90 milhões.

De acordo com o instituto, também foram desmontados acampamentos que serviam como base de apoio para as práticas ilegais que ocorriam, inclusive, em áreas protegidas como unidades de conservação e terras indígenas da região.

Nesta semana, mais de 400 dragas foram flagradas pelo Ibama no Rio Madeira, na região de Porto Velho, capital de Rondônia. O instituto estima que 100 kg de mercúrio sejam despejados no rio com o garimpo, gerando contaminação desenfreada de água, solo e ar.

Marcela Leiros – Da Agência Amazônia – Agência Cenarium Amazônia (aamazonia.com.br)

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