Ações de destruição de bases e equipamentos têm como objetivo impedir o retorno de garimpeiros

Na região do rio Catrimani, no estado de Roraima, além da identificação de 23 acampamentos utilizados pelo garimpo ilegal, equipes da Polícia Federal e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), acompanhadas por tropas de Operações Especiais da Marinha do Brasil (MB), compostas por um destacamento de Mergulhadores de Combate e um destacamento de Comandos Anfíbios, realizaram a destruição e a apreensão de diversos materiais ilegais, como 15 barracas de acampamento, 20 kg de cassiterita, dois motores de dragagem, seis maquinários de garimpo (incluindo quatro motobombas grandes e dois blocos de motor), uma bomba d’água e quatro geradores grandes.

Além da repressão contra atividades ilegais, por meio de ações fluviais, terrestres e aéreas contra o garimpo ilegal, são realizadas atividades de caráter humanitário, em apoio às comunidades indígenas da região, e de proteção ao meio ambiente.

A atuação conjunta, que envolve a MB, com o emprego de meios navais, em consonância com o Exército Brasileiro, a Força Aérea Brasileira e equipes da Polícia Federal, do Ibama e de demais órgãos federais, resultou, até o momento, no atendimento médico de 2.424 pessoas, na entrega de 23.438 cestas básicas, na realização de 96 evacuações aeromédicas, no transporte de 270 indígenas e na apreensão de materiais utilizados pelo garimpo ilegal, cujo valor soma quase R$ 31 milhões.

Nas ações, a Marinha emprega uma lancha de ação rápida, uma lancha de inspeção naval blindada, duas lanchas de combate Aruanã, quatro embarcações de transporte de tropa, duas lanchas blindadas de Operação Ribeirinha, duas aeronaves UH-15 Super Cougar e uma aeronave UH-12 Esquilo, bem como tropas e meios da Força de Fuzileiros da Esquadra e do 1º Batalhão de Operações Ribeirinhas, e, recentemente, adjudicou à operação o Navio-Patrulha Fluvial “Rondônia”, em substituição ao Navio-Patrulha Fluvial “Raposo Tavares”.

“A Marinha tem exercido um papel fundamental na Operação, realizando dois esforços de vital importância para combater o garimpo ilegal no rio Catrimani, uma das principais regiões de extração de ouro na Terra Indígena Yanomami. Nesse sentido, a Marinha tem sufocado a logística do garimpo ilegal, a partir da foz do rio Catrimani, com o Navio-Patrulha Fluvial e, ao mesmo tempo, lançado tropas de Operações Especiais contra alvos do garimpo ilegal na região do Alto Catrimani, próximo à fronteira com a Venezuela”, afirmou o Comandante da Força Naval Componente da Operação “Ágata Fronteira Norte”, Contra-Almirante (Fuzileiro Naval) Luís Manuel de Campos Mello.

A Operação, inicialmente embasada pelo Decreto n° 11.405, de 30 de janeiro de 2023, possuía, dentre suas atribuições, a função de atuar no fornecimento de dados de inteligência e no Transporte Aéreo Logístico das equipes da Polícia Federal, do Ibama e dos demais órgãos e entidades da administração pública federal. Com a publicação do Decreto n° 11.575, de 21 de junho de 2023, que visa alterar o art. 4° do decreto mencionado anteriormente, as Forças Armadas receberam também a atribuição de realizar ações preventivas e repressivas contra delitos transfronteiriços e ambientais, na faixa de fronteira terrestre e nas águas interiores, por meio da promoção de ações de patrulhamento, de revista de pessoas, veículos terrestres, embarcações e aeronaves, e de prisões em flagrante delito, entre outras.

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Agência Marinha de Notícias – Operação “Ágata Fronteira Norte”: Marinha identifica acampamentos de garimpo ilegal e dragas são desativadas no rio Catrimani | Marinha do Brasil