As ações do Comando Operacional Conjunto Amazônia promoveram melhores condições de saúde aos indígenas

O Comando Operacional Conjunto Amazônia (Cmdo Op Cj Amz), por meio do Hospital de Campanha (HCAMP) da Força Aérea Brasileira (FAB), ultrapassou os 2 mil atendimentos médicos prestados ao povo Yanomami.

Desde o início da Operação Yanomami, 77 militares da área da saúde atuaram no Hospital de Campanha. Dentre as especialidades oferecidas, a pediatria continua foi a especialidade com maior contingente, seguida da clínica médica (196) e ginecologia (152). Os principais casos diagnosticados foram: desnutrição em diferentes níveis, pneumonia, diarreia aguda, doenças de pele e malária.

Os dados contabilizados ao longo da operação comprovaram uma melhora significativa na saúde dos Yanomamis e confirmaram que o exercício de gestão da saúde indígena, no sentido de proteger, promover e recuperar a saúde dos povos nativos, bem como orientar o desenvolvimento das ações de atenção integral à saúde, foram executados de maneira efetiva.

Redução no número de pacientes

Após 84 dias de operação, o número de assistências médicas diárias reduziu-se consideravelmente, o que representou estabilidade na procura por atendimentos pelos indígenas. A atenuação ficou ainda mais evidente quando se compara o total de atendimentos do mês de abril aos registrados no início da operação. O somatório dos primeiros 15 dias de operação foi de 1079 atendimentos, média de 72 por dia, já na última quinzena foram 113, uma média diária de 7/5 atendimentos, representando uma queda de 90%.

A redução gradual dos casos também modificou a estrutura oferecida pelo HCAMP que se adaptou às necessidades de cada período da operação. Em janeiro, início das atividades, o hospital era constituído por oito módulos, 19 toneladas de equipamentos e o primeiro contingente composto por 31 militares que formavam uma equipe de médicos especialistas em clínica médica, ortopedia, cirurgia geral e pediatria, além de enfermeiros, farmacêuticos e técnicos em enfermagem. Atualmente, o Centro de Referência em Saúde Indígena do Ministério da Saúde recém-instalado, no polo base de Surucucu, no extremo oeste da reserva, passou a realizar os atendimentos mais urgentes.

Uma das Comandantes do contingente do HCAMP, Major Médica da Força Aérea Brasileira Fabíola Cristine Marques, falou sobre os 2 mil atendimentos realizados pelos militares na Operação Yanomami. “O objetivo foi atingido com êxito no atendimento de emergência em saúde indígena Yanomami dentro da operação. No primeiro mês os atendimentos eram de urgência e emergência, tínhamos pacientes que precisavam de estabilização e remoção para hospitais da cidade, hoje a situação encontra-se controlada”, contou.

Evento do Dia dos Povos Indígenas

O HCAMP juntamente com a Casa de Saúde Indígena (CASAI) promoveram um evento para comemorar o Dia dos Povos Indígenas que é celebrado no dia 19 de abril. A ação contou com atividades como banho de mangueira recreativo com as crianças, distribuição de produtos de higiene pessoal, bolas e vestimenta.

CASAI

De acordo com a Portaria do Ministério da Saúde nº 1.801/2015, a CASAI é o estabelecimento responsável pelo apoio, acolhimento e assistência aos indígenas direcionados aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Sua principal missão está relacionada ao exercício da gestão da saúde indígena, no sentido de proteger, promover e recuperar a saúde dos povos indígenas, bem como orientar o desenvolvimento das ações de atenção integral à saúde indígena.

Fotos: Sargento Viegas e Sargento Lucas Nunes / CECOMSAER
Fonte: Cmdo Op Cj Amz, por Tenente Caio Zoia
Edição: Agência Força Aérea – Revisão: Tenente Johny Lucas  – HCAMP da FAB atendeu mais de 2 mil pacientes indígenas, em Boa Vista (RR) – Força Aérea Brasileira