O conceito de Saúde Única é uma abordagem que reconhece a interdependência entre a saúde humana, a saúde animal e a saúde dos ecossistemas. A Aliança pela Restauração na Amazônia, em parceria com a Embrapa Amazônia Oriental, o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e a Ação Ecológica Guaporé (Ecoporé), publicaram artigo que defende o papel da restauração florestal para garantir Saúde Única na Amazônia.

Agência Museu Goeldi – Hoje, 21 de março, é o Dia Internacional das Florestas e a Aliança pela Restauração na Amazônia, consórcio que conta com a atuação do Museu Goeldi, lança artigo que defende que a restauração florestal exerce papel de grande relevância na promoção da Saúde Única. O artigo “Saúde Única: O papel da restauração florestal para garantir saúde humana, animal e ambiental na Amazônia” é um posicionamento institucional da Aliança que apresenta os benefícios da restauração na região.

Esses benefícios vão além da biodiversidade, do clima e dos serviços ambientais e incluem também os associados ao bem-estar, ao bem-viver, à saúde humana e dos demais organismos vivos da Amazônia.

O conceito de Saúde Única é uma abordagem que reconhece a interdependência entre a saúde humana, a saúde animal e a saúde dos ecossistemas. De acordo com o artigo publicado, apesar do tema ter ganhado evidência com os impactos causados pela pandemia do coronavírus, esse já era um assunto na pauta de cientistas e representantes públicos por serem inúmeras as doenças causadas ou agravadas pelo desequilíbrio ambiental.

Entre os seis objetivos do ‘Plano de Ação Conjunta Quadripartite para a Saúde Única (2022-2026)’ (FAO, PNUMA, WOAH e OMS) está “Proteger e restaurar a biodiversidade, prevenir contra a degradação do ecossistema e ambientes mais amplos para conjuntamente dar suporte à saúde das pessoas, animais, plantas e ecossistemas dando base ao desenvolvimento sustentável”.

Assim, o plano se integra a outras iniciativas globais, como a Década da ONU para a Restauração de Ecossistemas (2021-2030), e os diversos acordos internacionais para a proteção do meio ambiente com os quais o Brasil se comprometeu.

Segundo Milton Kanashiro, pesquisador da Embrapa e autor principal do artigo “A adoção da abordagem da Saúde Única, como um elemento de planejamento e da implementação de políticas públicas, pode representar um grande avanço para o desenvolvimento local e regional, assim como viabilizar o alcance das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) na Amazônia”.

Leia a íntegra do artigo.

Sobre a Aliança pela Restauração na Amazônia

A Aliança pela Restauração na Amazônia é uma iniciativa multi-institucional e multissetorial, estabelecida em 2017 que tem como missão articular múltiplos atores para a restauração na Amazônia como estratégia integrada à conservação e com benefícios socioeconômicos compartilhados. Atualmente é formada por mais de 100 membros, dentre organizações da sociedade civil, academia, cooperativas, associações, empresas, governo, consultores e demais atores da cadeia da restauração e tem como secretaria executiva a The Nature Conservancy (TNC Brasil).

Texto: Aliança pela Restauração na Amazônia, com edição de Uriel Pinho – Artigo apresenta o papel da restauração florestal para garantir a Saúde Única na Amazônia — Museu Paraense Emílio Goeldi (www.gov.br)