O Ministério dos Povos Indígenas (MPI), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estão comprometidos com a finalização da coleta do Censo Demográfico 2022 junto à população indígena Yanomami. Esta foi a principal mensagem reforçada em duas reuniões que ocorreram na última semana entre representantes das pastas e do instituto de pesquisa. Durante ações do MPI em Boa Vista (RR), a ministra Sônia Guajajara se reuniu com o coordenador operacional do IBGE, Cláudio Barbosa, e a diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai, Lucia Alberta Andrade.

Foto postada em: FUNAI

“Estima-se que 50% da população do território Yanomami não foi consultada no Censo Demográfico de 2022. Vou trabalhar para que possamos construir alternativas para que os recenseadores acessem as terras indígenas e possam incluir nosso povo”, afirmou a ministra. “Nesse sentido, a própria coleta de dados pelo IBGE deve ser compreendida como parte da resposta emergencial à população Yanomami”, comentou o gerente de Territórios Tradicionais e Áreas Protegidas do IBGE, Fernando Damasco, durante o encontro.

A diretora da Funai pontuou a importância do apoio das forças de segurança às equipes da Fundação e do órgão recenseador durante o trabalho de coleta de dados nas comunidades da Terra Indígena Yanomami. “É indispensável a escolta da Polícia Federal, das Forças Armadas e da Força Nacional para que as equipes atuem de forma segura em áreas onde as aldeias estão cercadas por invasores fortemente armados, como é o caso dos garimpeiros no território Yanomami”, frisou Lucia Alberta.

Planejamento

Em Brasília, o secretário-executivo do MPI, Eloy Terena, recebeu o presidente interino do IBGE, Cimar Azeredo, na quinta-feira (9). O secretário recebeu de Azeredo informações sobre o estágio atual da coleta indígena em todo o país e o plano específico voltado à Terra Indígena Yanomami, onde haverá o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB). “Estamos prontos para receber o suporte logístico dos grupamentos militares sediados em Manaus, a fim de concluirmos o recenseamento da população Yanomami nos estados de Roraima e do Amazonas, e do povo Waijãpi no Amapá”, informou Azeredo.

O secretário Eloy Terena ressaltou que o Censo Indígena do IBGE é um instrumento essencial para a política indigenista. Também presente ao encontro em Brasília, a coordenadora do Censo de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE, Marta Antunes, se mostrou otimista com as articulações interinstitucionais. “A soma de esforços vem superando as dificuldades operacionais e logísticas desde o início da coleta, e só assim conseguiremos completar essa missão nos próximos dias”, finalizou Marta.

Assessoria de Comunicação / FUNAI / com informações do IBGE 

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