Teve início nesta semana uma missão do Governo Federal na Terra Indígena Yanomami, área com mais de 30,4 mil habitantes. Sob o comando do Ministério da Saúde e com apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), a equipe fará um levantamento de informações para o diagnóstico sobre a situação da saúde dos indígenas.
Com o objetivo de mapear as demandas e necessidades de saúde da população indígena dessas áreas, os técnicos do Ministério da Saúde irão analisar a situação da saúde nas comunidades e saber quantos atendimentos foram prestados e quais insumos ainda estão disponíveis. Com esses dados, a pasta vai elaborar um diagnóstico completo sobre o território indígena e definir as ações imediatas que precisam ser tomadas para superar o cenário de crise sanitária e fortalecer a atenção ofertada pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami.
Este é o primeiro passo da estratégia inédita do Governo Federal, em parceria com instituições da sociedade civil, para reestabelecer o acesso à saúde de qualidade dessa população. A ação, que teve início na segunda-feira (16), é uma parceria entre a Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e Secretaria de Atenção Especializada (SAES), além da Funai, do Ministério da Defesa, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal de Roraima, Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), lideranças indígenas do Conselho Distrital Yanomami (CondisiI) e a Hutukara Associação Yanomami.
No momento, duas equipes técnicas atuam na região. Uma equipe que atua na cidade de Boa Vista (RR) em parceria com o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Yanomami, a Casa de Saúde Indígena (Casai), a Secretaria Estadual de Saúde de Roraima e a Secretaria Municipal de Saúde de Boa Vista. A outra equipe trabalha em campo entre os Polos Base de Surucucu e Xitei. O acesso a essas regiões é difícil e, em parte, só ocorre com o apoio do Ministério da Defesa.
Prioridade
O diálogo entre todos esses entes, em especial com envolvimento das lideranças locais e entidades da sociedade civil, faz dessa ação algo inédito na região. Reverter a crise sanitária e cuidar da saúde dessa população está entre as prioridades do Governo Federal. Nos últimos anos, a população Yanomami passou por desassistência e dificuldade de acesso aos atendimentos de saúde. Casos de desnutrição e insegurança alimentar, principalmente entre as mais de 5 mil crianças, foram registrados. Profissionais de saúde relatam falta de segurança e vulnerabilidade para continuar os atendimentos, dificultando ainda mais a assistência médica aos indígenas.
Assessoria de Comunicação / FUNAI / com informações do Ministério da Saúde
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