Redução chega até 74% em determinadas aldeias e comunidades
O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena do SUS (SASISUS) vem realizando ações para a prevenção e a consequente diminuição dos casos de malária entre os povos indígenas do País. Doença infecciosa que causa sintomas como febre alta, náuseas, tremores, dor de cabeça entre outros, atualmente a malária afeta povos indígenas de 21 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) na Região Amazônica.
De acordo com o técnico do Departamento de Atenção Primária à Saúde indígena da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), Lucas Felipe, os dados do Sivep-Malária, mostram que, em 2022, houve redução de mais de 70% quando comparado com o mesmo período do ano anterior nos Polos Base Alto Mucajaí, Auaris e Marari. “Isso demonstra a importância do trabalho da SESAI e dos DSEI, que estão presentes onde nenhuma outra instituição pública ou privada consegue chegar e também demonstra o interesse contínuo do aperfeiçoamento dos cuidados com a saúde indígena. É claro que ainda temos muito a avançar, mas podemos e devemos comemorar os resultados de um grande esforço, como foi o Plano Emergencial executado pelo DSEI Yanomami em parceria com a SESAI nível central e outras instituições”, afirma.
Considerando as atribuições da SESAI e do SasiSUS, os DSEI têm atuado de forma contínua para o controle da doença em seus territórios, concentrando ações para o diagnóstico, o tratamento e o controle vetorial da doença. Como resultado desse esforço, em 2021, foram realizados 245.198 exames (aumento de 31.715 em relação à 2020) para o diagnóstico, com 45.439 positivos, observando-se uma redução de 4% no número de casos de malária quando comparado com o ano de 2020. Além disso, 11 dos 21 DSEI com casos ativos de malária realizaram o tratamento de malária em tempo oportuno (antes de 48h a partir início dos sintomas).
Cursos de capacitação
Um exemplo dessa efetividade são os cursos de capacitação para o controle da malária. No último dia 28 de outubro, foi finalizado um curso de capacitação para o Controle da malária com ênfase em vigilância epidemiológica e entomológica aos profissionais de enfermagem e agentes de combate a endemias. O curso foi realizado no DSEI Yanomami e ministrado por quatro servidores da FIOCRUZ. Os membros das Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena tiveram o apoio na elaboração de planos locais a fim de atuar no controle da malária, bem como a realização de ações de vigilância, ações de prevenção da doença e controle vetorial em seu território na área indígena Yanomami.
Desta forma, a SESAI segue firme para atingir as metas nacionais que contam com a proposição de eliminação da doença até o ano de 2035.
PUBLICADO POR: SESAI constata redução de casos de malária na Região Amazônica — Ministério da Saúde (www.gov.br)