MANAUS — O vice-presidente da Hutukara Associação Yanomami (HAY), Dario Kopenawa, chamou de “tragédia” o atentado contra um grupo de indígenas Yanomami em Boa Vista, capital de Roraima, na sexta-feira, 11, que resultou na morte de uma mulher.

O vice-presidente da Hutukara Associação Yanomami (HAY), Dário Yanomami. (Elaine Menke/ Câmara dos Deputados) Republicação gratuita, desde que citada a fonte. AGÊNCIA CENARIUM

À reportagem, neste domingo, 13, Kopenawa ainda reiterou que, diferente do que acontece na Terra Indígena (TI) Yanomami, cuja responsabilidade fica a cargo da União, este crime foi cometido dentro do Estado. “Esse crime é uma tragédia, crime que aconteceu dentro do governo, dentro do Estado. É o crime de ódio, tragédia, é um assassinato brutal que aconteceu”, disse.

Assassinato

Após o caso, a HAY divulgou nota afirmando se tratar de um assassinato a sangue-frio, reiterando ser inadmissível que a capital do Estado, com maior presença de indígenas em relação ao total da população, permaneça como lugar de hostilização e ataques contra os indígenas que nela circulam.

“A presença do grupo Yanomami que foi alvo de ataques na cidade tem sido constante motivo de queixas preconceituosas contra os mesmos, ignorando não só a situação de vulnerabilidade a que ficam sujeitos quando estão na cidade como também alimentam a discriminação contra os indígenas em razão de suas particularidades culturais e modos de vida”, diz.

A associação cobrou, ainda, das autoridades, efetividade e rapidez na investigação do caso. “As autoridades precisam investigar com diligência os responsáveis pelos ataques e o que os motivou. A disposição em assassinar indígenas de passagem pela cidade, reunidos pacificamente em local público, configura crime de ódio e deve ser investigado como tal “, consta no documento.

Marcela Leiros — Da Agência Amazônia – Republicação gratuita, desde que citada a fonte. AGÊNCIA CENARIUM – Copyright © AGÊNCIA CENARIUM

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