Com apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai), a Polícia Federal desarticulou uma associação criminosa que praticava desmatamento e comércio ilegal de madeira na Terra Indígena Xerente, município de Tocantínia (TO). Denominada “Operação Quebra-Galho”, a ação ocorreu no último dia 23 com o suporte da Polícia Militar do Estado de Tocantins.
Cerca de 50 agentes da Polícia Federal participaram da ação que cumpriu seis mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas (TO). As buscas ocorreram nos municípios tocantinenses de Pedro Afonso, Rio Sono e Tocantínia. As investigações revelaram que os crimes ambientais estavam sendo praticados de maneira sistemática na Terra indígena da etnia Xerente. De acordo com a Polícia Federal, 16 suspeitos já foram identificados.
Os crimes envolviam indígenas e não-indígenas, comerciantes e atravessadores que atuavam em cidades próximas às aldeias. Esses atravessadores compravam a madeira derrubada e forneciam para os indígenas algumas ferramentas como motosserras e gasolina, além de realizar o transporte da madeira derrubada ilegalmente. As pessoas envolvidas podem responder pelos crimes de desmatamento de florestas em terras de domínio público, associação criminosa e receptação, cujas penas somadas podem chegar a dez anos de reclusão.
A Operação
Quebra-Galho é uma expressão que se refere ao improviso para solucionar um determinado problema ou dificuldade. A Polícia Federal utilizou a expressão para aludir ao nome do local onde ocorria grande parte do desmatamento objeto da investigação, ou seja, no entorno do córrego Galho Grande, na mata Jenipapo, Terra Indígena Xerente.
Assessoria de Comunicação / Funai / com informações da Polícia Federal
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