O evento foi promovido pela Rede Synergize, que reúne instituições científicas e acadêmicas
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) participou nesta quarta-feira (27), em Belém, de workshop promovido pela Rede Synergize, que contou com debates e palestras sobre a atuação ambiental das esferas governamentais da Amazônia. A Secretaria foi representada por Wendell Andrade, diretor de Planejamento Estratégico e Projetos Corporativos.
O diretor participou do painel “Sínteses do conhecimento sobre a biodiversidade da Amazônia”, que abordou temas relacionados aos desafios na formulação de políticas públicas e de estratégias de conservação na região, com mediação de Ima Vieira, pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi. O painel contou ainda com as participações de Keila Mendes, da Coordenação-Geral de Pesquisa e Monitoramento da Biodiversidade (CGPEQ), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e de Guillermo Estupiñán, da organização não governamental Wildlife Conservation Society.
Wendel Andrade destacou sete temas em sua palestra: Comunicação; Áreas Protegidas (APs) como celeiros de ciência; Aproximação academia e órgãos executivos; Lógica de longo prazo; Transformação digital; Cultura de projeto e Rompimento com o conceito “clássico” de administração pública, que classificou como “pontos de vista que a gente consegue perceber como desafios estratégicos”.
O diretor ressaltou ainda a importância da academia como fonte de informações que devem orientar decisões governamentais. “Precisamos de dados, de informações, para direcionar as políticas públicas, o que o Estado vai fazer em benefício das pessoas, para ter um melhor entendimento da realidade e direcionar a política pública da melhor forma. E é aí que entra a importância da pesquisa científica, porque é a partir dela que a gente pode ter mais qualidade para entender a realidade e os potenciais que a gente tem ao redor”, frisou.
Potencial – Wendell Andrade disse ainda que a pesquisa científica é capaz de revelar o potencial da região Amazônica. “Quando se trata de Amazônia, é como um iceberg: só se vê a ponta, mas lá embaixo, submerso, tem muito mais do que você consegue enxergar. E é o mesmo que a gente tem na Amazônia em relação ao conhecimento. A gente acha que conhece a Amazônia, mas é a pesquisa científica que consegue mostrar potenciais de aproveitamento de recursos naturais. Então, fazer política pública necessariamente é também observar o que a gente tem de construção científica na região. É isso que eu acho de grande importância neste evento. É a troca de experiências. E vamos sair daqui com informações que poderão orientar decisões de gestores. Desta forma, poderemos aproveitar o conhecimento que eles produzem de uma maneira prática na vida das pessoas”, reiterou.
Formada em janeiro de 2020, a Rede Synergize reúne instituições científicas e acadêmicas com o objetivo de sintetizar o conhecimento sobre a biodiversidade em toda a Amazônia brasileira, e compreender o grau de integridade e ameaça às florestas, rios e igarapés amazônicos. O ciclo de debates propõe respostas à degradação de ambientes amazônicos. Desta forma, visa compreender a distribuição do conhecimento ecológico e os impactos dos distúrbios antrópicos e climáticos para a biodiversidade da Amazônia. As palestras promovem síntese de informações, produção de evidências e comunicação científica.
Por Aline Saavedra (SEMAS) – PUBLICADO POR: AGÊNCIA PARÁ
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