Os Charruas e os Minuanos eram considerados Tapuias e não Tupis.
Tupi quer dizer grande nação, família. Tapuias quer dizer selvagens.
Uma das formas de diferenciar essa situação isso era o idioma, portanto os Charruas e os Minuanos não falavam Guarani.
Vocabulário charrua segundo versões:
1) do “sargento mayor” Benito Silva (-), que estivera refugiado entre os charruas e que os comandara como chefe militar durante cinco meses, logo voltando a encontrar um grupo reduzido, em 1840, no Rio Grande do Sul, permanecendo alguns dias em seus toldos;
2) de uma moça do oficial Manuel Arias (x) – ambas versões recolhidas pelo Dr. Teodoro Miguel Vilardebó, respectivamente em 1841 e em novembro de 1842;
3) e as três palavras recolhidas pelo religioso jesuíta Florian Paucke S.J. (*), em meados do séc. XVIII]
Algumas expressões linguísticas:
ADJETIVOS
* bilu – belo, formoso
CORPO HUMANO
x ej – boca
x isbaj – braço
x is – cabeça
– sepé – lábio
x guar – mão
x ibar – nariz
x ijou – olho
x imau – orelha
x itaj – cabelo
x atit – pé
FAUNA
x berá – avestruz
x jual – cavalo
* godgororoy – presumivelmente uma onomatopeia do grito do ganso silvestre
x mautiblá – mula
* lojan – cachorro
x beluá – vaca
NOMES SUBSTANTIVOS
x hué – água
– quícan – aguardente, cachaça
x it – fogo
x guidaí – lua
x itojmau – rapaz
x chalouá – moça
– sisi – mistura de pó de osso e de tabaco que os charruas mascavam
NÚMEROS
– yú x i-u – um
– sam x saú – dois
– deti x datit – três
– betum x betum – quatro
– betum yú x betum iú – cinco
– betum sam – seis
– betim detí – sete
– betum arrasam – oito
– baquiú – nove
– guaroj – dez
OBJETOS
– lai – bolas
– lai sam – boleadeira de duas bolas, para bolear avestruzes
– lai detí – boleadeira de três bolas, para bolear cavalos
– tinú – faca
ORAÇÕES
– misiajalaná – fique quieto
– andó diabun – vamos dormir
PARENTESCO
– guamanaí – cunhado
– inchalá – irmão
VEGETAIS
x lajau – “ombú”
VERBOS
– babulaí – boleado
x bajiná – caminhar
x ilabun – dormir
x basqüade – levantar-se
x aú – matar
– na – traz
Bibliografia
BARRIOS PINTOS, Aníbal. Los aborígenes del Uruguay: del hombre primitivo a los últimos charrúas. Montevideo: Librería Linardi y Risso, 1991. p. 62-4.
Prof. Beraldo Figueiredo.
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FONTE: INTERNET – FACEBOOK
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