O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, está propondo aos EUA a criação de uma força militar binacional para a proteção da Floresta Amazônica contra incêndios.

A proposta foi feita durante uma reunião com a chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, general Laura J. Richardson, realizada em Bogotá em 7 de setembro. Segundo a agência Infobae (08/09/2022), a imprensa não teve acesso ao encontro, mas Petro revelou depois os assuntos tratados, que incluíram a colaboração na política antidrogas e a criação da força militar amazônica. De acordo com ele, a força teria o objetivo central de combater os incêndios cada vez mais frequentes no bioma, representando um problema de segurança que envolve toda a humanidade.

“Propus à general a construção de uma força, que, segundo me disse ela, teria um esboço no Brasil (sic), uma força militar com helicópteros etc, mas destinada a apagar os incêndios da floresta amazônica, que hoje é o principal problema de segurança da humanidade”, disse o mandatário.

“O nosso rival está nessas chamas que podem queimar a floresta. E a melhor mensagem que uma colaboração militar entre os EUA e a Colômbia poderia transmitir ao mundo é precisamente que não se queime, e que estabelecemos os mecanismos econômicos e sociais, por um lado, e os mecanismos militares e operativos, do outro, para impedir a queima da floresta amazônica”, completou.

A proposta de Petro deve acender um sinal de alerta vermelho em Brasília, pois denota a sua intenção de dar grande destaque a essa “diplomacia ambiental” em relação à Amazônia e à questão climática.

Vale lembrar o famigerado projeto do Corredor AAA (Andes-Amazônia-Atlântico), proposta de um corredor transnacional de unidades de conservação e terras indígenas, para a qual seu antecessor e protetor Juan Manuel Santos (2010-2018) tentou sem sucesso atrair o Brasil, sendo vetada pela pronta intervenção do Ministério da Defesa e do Itamaraty.

Uma iniciativa do gênero é tudo de que os EUA necessitam para fincar uma presença militar na Amazônia, além dos assessores que mantêm na Colômbia como parte da colaboração antidrogas.

PUBLICADO POR: MSIA INFORMA in Ambientalismo