Com a inovação das tecnologias de interface, a exposição “Arte rupestre amazônica e realidade virtual” aproxima os visitantes do Museu Goeldi da história e pesquisa sobre a presença humana no continente, com destaque para o patrimônio arqueológico e natural de Monte Alegre (PA). A inauguração dessa experiência inédita é na quarta-feira (19), no novo Centro de Exposições Eduardo Galvão. Há três décadas, o Museu Emílio Goeldi desenvolve pesquisas na região, que abriga as mais importantes pinturas rupestres da Amazônia.

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Agência Museu Goeldi – Com mais de 12 mil anos, os mais antigos vestígios da presença humana na Amazônia, conhecidos até agora, estão no Parque Estadual de Monte Alegre, localizado no Baixo Amazonas, no Pará. São dezenas de desenhos pintados e gravados em rochas, que podem ser encontrados em cavernas ou na beira de rios, marca dos antigos povos que viviam na região. Aliando a inovação tecnológica com o fascinante universo da arqueologia, o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) inauguram a exposição “Arte rupestre amazônica e realidade virtual”. A abertura é nesta quarta-feira (19), a partir das 9h, no Centro de Exposições Eduardo Galvão, no Parque Zoobotânico.

O evento começa com palestra da arqueóloga Edithe Pereira sobre Arte Rupestre Amazônica e Monte Alegre, às 9h. Após a palestra, haverá uma breve solenidade e visita com a presença do curador da exposição, o antropólogo e videomaker Adriano Espínola Filho.

Explorando a inovação das tecnologias de interface, entre elas, a realidade virtual e a realidade aumentada, a exposição busca aproximar o público, em especial crianças e jovens, da arte rupestre e da pesquisa arqueológica na Amazônia, com destaque para o patrimônio de Monte Alegre. A exposição tem a criação e curadoria do diretor e roteirista da DDK Digital, Adriano Espínola Filho, e a consultoria científica dos arqueólogos Edithe Pereira, do Museu Goeldi, e Claide Moraes, da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).

“Trazer pra perto das novas gerações, por meio da tecnologia, tema tão importante como a arte rupestre é uma questão-chave nessa exposição. O uso dessas ferramentas acompanha uma tendência mundial e abre os museus para novas experiências. Para mim, é uma alegria realizar esse trabalho numa instituição como o Museu Goeldi, sobretudo pela tradição do trabalho de pesquisa em arqueologia e de difusão e defesa desse patrimônio”, destaca Adriano Espínola, que também é antropólogo.

Exposição – A exposição “Arte rupestre amazônica e realidade virtual” ocupará o segundo andar do novo Centro de Exposição Eduardo Galvão, no Parque Zoobotânico. Totalmente interativa, a mostra vai reunir informações sobre a arte rupestre na Amazônia e sobre as teorias que envolvem a ocupação humana no continente americano. Contudo, o diferencial está na maneira como o público vai ter acesso a esse conhecimento. É aí que entram a realidade virtual e a realidade aumentada.

Com óculos de realidade virtual, a grande experiência da mostra para o público será a visita a uma caverna com desenhos e inscrições rupestres. Para a produção dessas imagens, a equipe visitou cinco sítios do Parque Estadual de Monte Alegre, no final de agosto de 2019. Além disso, com um tablet, os visitantes vão poder navegar por um mapa, que apresenta, por meio da realidade aumentada, os movimentos migratórios que levaram à ocupação das Américas. Os detalhes da produção vão poder ser conferidos num minidocumentário que também integra a exposição.

Projeto – O Museu Goeldi desenvolve, desde 2012, o projeto Arte rupestre de Monte Alegre: difusão e memória do patrimônio arqueológico, coordenado pela pesquisadora Edithe Pereira. Dedicado à ampla divulgação do conhecimento produzido sobre as pinturas rupestres de Monte Alegre, o projeto alia produção acadêmica, formação de recursos humanos, aplicação do conhecimento, divulgação científica, impacto em políticas públicas, interação com o universo escolar, inclusão social e geração de renda.

Voltada para o público especializado e não especializado, o projeto conta com uma produção densa e diversificada, entre livros, documentários, oficinas, cursos de capacitação, quadrinhos, cartilhas, selos postais e as exposições Visões – A Arte Rupestre de Monte Alegre e Postado! Arqueologia brasileira nos selos, ambas com grande visitação.

“Essa exposição, com a curadoria de Adriano Espínola, converge com os projetos de difusão do patrimônio arqueológico de Monte Alegre, que a gente desenvolve no Museu Goeldi. O objetivo é justamente esse: levar informação pro grande público de uma maneira lúdica e instigante, ainda mais quando traz esse passado por meio de tecnologias que, com certeza, vão chamar muito a atenção das crianças e adolescentes. Se esses jovens são despertados desde cedo sobre esse tema, serão novos aliados que ganharemos na defesa e preservação desse patrimônio arqueológico”, avalia Edithe Pereira, que desde 1989 desenvolve estudos na região.

Parque de Monte Alegre – Criado através da Lei Estadual nº 6.412, de 9 de novembro de 2001, o Parque Estadual de Monte Alegre é uma das nove Unidades de Conservação de Proteção Integral do Pará e está sob a gestão do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio). No Pará, existem mais de 100 sítios arqueológicos registrados com pinturas rupestres, 15 deles estão em Monte Alegre e são os mais antigos. Em março de 2022, o Parque Estadual de Monte Alegre foi escolhido como um dos 25 patrimônios mundiais pela 2022 World Monuments Watch, voltada a espaços com valor patrimonial extraordinário e que enfrentam desafios urgentes.  

Serviço | Abertura da exposição “Arte rupestre amazônica e a realidade virtual”
Data: 19 de outubro de 2022 (quarta-feira)
Hora: Início às 9h, com Palestra da arqueóloga Edithe Pereira, seguida de abertura e visita com o curador da exposição, o antropólogo e videomaker Adriano Espínola Filho
Local: Centro de Exposições Eduardo Galvão, Parque Zoobotânico do Museu Goeldi (Av. Magalhães Barata, 376 – São Brás, Belém – PA)
Entrada gratuita para os visitantes do Parque Zoobotânico. Já a entrada no Parque custa R$3, com meia entrada e gratuidades previstas em lei

Vídeo promocional: https://vimeo.com/755342734/09c61933fa

PUBLICADO POR: MUSEU GOELDI