VILHENA (RO) – O cerco fechou para o garimpo ilegal cometido na Terra Indígena (TI) Baú, em Altamira, a mais de 800 quilômetros de Belém, no Pará. Agentes da Polícia Federal (PF) interceptaram as ações de um grupo formado por 53 garimpeiros, durante todo o último fim de semana. Apesar da identificação do grupo e da retirada de todos eles, ninguém foi preso, “mas um inquérito foi instaurado”, segundo a PF.
Os homens e mulheres foram levados, à bordo de aeronaves, para Altamira, onde devem prestar depoimentos na Delegacia da Polícia Federal. O transporte foi dividido em duas etapas durante o sábado, 27, e o domingo, 28 de agosto.
Devido às “dificuldades logísticas”, como classificou a polícia, foi necessário o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), da Força Nacional de Segurança Pública, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Fundação Nacional do Índio (Ibama) e do Ministério Público Federal (MPF); todos participantes do Programa Guardiões do Bioma.
Nenhuma apreensão
O grupo responsável por invadir e explorar os recursos da área protegida estava alojado na região há cerca de uma semana, mas “não teve tempo de extrair ouro” e outros minérios, de acordo com os agentes federais, por isso, não houve apreensão de pedras preciosas – o que a polícia atribui à efetividade da repressão ao crime ambiental.
A PF não detalhou como era a logística dos garimpeiros, nem se foram apreendidos ou destruídos os materiais e equipamentos empregados na mineração ilegal, até o fechamento da reportagem, mas informou à REVISTA CENARIUM que foi possível chegar ao grupo por meio de denúncias.
Terra Indígena Baú
Localizada no sudoeste paraense, a Terra Indígena Baú tem mais de 1.500 hectares e é povoada por menos de 200 pessoas integrantes de dois grupos, um deles, formado por indígenas vivendo em isolamento voluntário.
Iury Lima – Da Agência Amazônia – Republicação gratuita, desde que citada a fonte. AGÊNCIA CENARIUM – Copyright © AGÊNCIA CENARIUM
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