Descendo o Rio Branco

O Canoeiro Hiram Reis e Silva

Theodor Koch-Grünberg (1911)
Parte IV

CAPÍTULO IV
Com o Chefe Pitá em Koimélemong

Às 10 horas, iniciamos a caminhada dando gritos eufóricos. A savana possui uma vegetação atrofiada ([1]) e grandes grupos de rochas. Para a direita serpenteia um Riacho em leito lamacento, que temos de atravessar, várias vezes, a vau, imersos até o peito ‒ a primeira água para o Surumu. Deixamos o vale pantanoso e começamos a subir progressivamente, a trilha está coberta de cascalhos pontiagudos, uma verdadeira tortura para meus pés machucados. Os índios, quando chegam a um trecho como este, calçam suas sandálias feitas das extremidades inferiores e largas do pecíolo da palmeira Mauritia ([2]), e, às vezes, de couro de cervo ou de anta.

Depois de duas horas de caminhada, chegamos à extremidade Oriental da Serra do Mel, que se estende de Sudeste a Noroeste. Abandonamos, então, a direção Norte e voltamo-nos para o Oeste, com a Serra à nossa esquerda, e descemos até o vale, onde, numa savana ampla, estendem-se as cabanas marrons da Aldeia Koimélemong. Colocamo-nos ordenadamente em uma longa fila: o chefe, à frente, depois, os carregadores e carregadoras, por fim, o Padre e eu. Os nativos dão gritos de alegria.

Pitá sopra minha buzina, que pediu emprestada, e emite um som estridente. Chegamos em um ritmo acelerado à Aldeia, onde nos preparam uma calorosa acolhida. À entrada da Aldeia somos esperados por meia dúzia de “damas de honra”, lindas moças morenas em trajes simples, mas de bom gosto, tangas de miçangas tecidas com bonitos padrões antigos, de cujos cantos inferiores pendem longos cordões de algodão. Os cabelos compridos e ondulados, pretos e brilhantes, estão cingidos por uma testeira nas quais foram colocadas flores amarelas. O peito, braços e pernas estão inteiramente adornados com cordões de miçangas azuis e brancas e sementes marrons.

Passamos, então, por uma fila interminável de homens, mulheres e crianças, até a entrada da cabana construída pelos missionários para sua permanência temporária. Estendemos a mão a todos, até a uma criancinha nos braços da mãe. Poucos estão vestidos, a maioria se apresenta nua, criaturas lindas e esbeltas e, na sua maioria, exibindo curiosas pinturas.

Ajuntam-se ao redor do Padre Adalbert, algumas crianças e jovens, algumas das quais já passaram um curto período na Missão. Eles rezam o “Pai Nosso”, cantam alguns hinos religiosos e canções de Natal, em Macuxí. Fico emocionado ao ouvir, as belas e antigas melodias cantadas pelas vozes das crianças: Stille Nacht, heilige Nacht [Noite feliz], Am Weihnachtsbaum die Lichter brennen [As luzes brilham na árvore de Natal], cercado por nativos desnudos. Meus pensamentos vagam para longe. O chefe me apresenta solenemente a umas quatrocentas pessoas. Conta-lhes quem sou, o que pretendo, que tenho viajado com índios por muitos anos etc., etc. O chefe também cuida da nossa alimentação e demais necessidades.

Servem-nos um almoço excelente: carne de galinha e de veado cozida com molho de pimenta, caldo de cana cozido com farinha [de mandioca] como “Sobremesa”, e, por fim, caxirí. Um couro de boi esticado no chão serve de mesa, ao redor da qual nos sentamos. Após o jantar, Pitá apresenta ao povo os tipos indígenas do Uaupés e Japurá que me acompanharam. […] O chefe está sentado num banquinho à entrada da cabana, o couro de boi à sua frente, a seu lado, de pé, seu cunhado e os espectadores formam um semicírculo. Pitá solicita que eu lhe fale sobre cada foto: qual é a tribo, se é um chefe ou xamã, tipos de adornos etc. Depois ele traduz para o Macuxí: a seguir, seu cunhado pega a foto e a mostra a todos, repetindo novamente a explicação em voz alta. As fotos, então, são colocadas em ordem sobre o couro de boi e algumas são passadas novamente de mão em mão.

Tudo transcorre na maior ordem e tranquilidade, sem cotoveladas, nem empurra-empurra, briga ou gritaria. O chefe dá suas ordens em voz alta, e as pessoas obedecem sem pestanejar. Observo que o nativo raramente pega uma fotografia na posição correta, mas sim de cabeça para baixo, ou de lado.

Ao pôr-do-Sol o Padre reúne mais uma vez seus “fieis”, que o chefe convoca com a buzina que eu dei de presente, já que se afeiçoara tanto a ela. Pode-se pensar o que se quiser das Missões ‒ falo do ponto de vista puramente humano ‒, mas esta Missão traz enormes benefícios, ela protege os pobres índios dos ataques dos brancos e dificulta, mesmo que por um curto período de tempo, que eles se transformem em bêbados degenerados, acometidos das doenças da civilização. Do ponto de vista cristão, apesar dos hinos e das orações, com certeza eles ainda se encontram no mais profundo paganismo e repetem tudo sem refletir sobre o que estão dizendo.

Mas será que, por isso são moralmente inferiores à maioria de nós? Se não nos encontrássemos neste interior semisselvagem, a Missão poderia trabalhar com maiores recursos e criar escolas: então seria possível realizar uma obra duradoura. Mas aqui, o homem branco pensa que civilizar é dar ao índio alguns trapos, ensiná-lo a beber aguardente e a praguejar, ao mesmo tempo em que o explora irresponsavelmente em proveito próprio, neste melancólico lugar. No Amazonas, em geral, e o Rio Branco em particular, qualquer esforço sincero resultará em um fenômeno passageiro, um esforço em vão!

No meio da população indígena morena, bronzeada pelo Sol quente da savana, notei um índio quase branco, amarelo-claro de bochechas rosadas, bem mais claro do que a maioria dos europeus do Sul. Pensei, primeiro, tratar-se de um branco. É um Majonggóng do Oeste distante, região do Alto Orenoco. Veio, há algum tempo, com seu pai para cá, trabalhou para um branco, casou-se com uma Macuxí e radicou-se por aqui, embora o pai tenha retornado para a terra natal. Diz-se que toda a tribo dos Majonggóng é branca assim, o que, em geral, é confirmado por seus parentes próximos no alto Orenoco, lá chamados de Makiritáre. Os Majonggóng são os comerciantes mais ativos da região. Quase todos os anos viajam à Guiana Inglesa para trocar artigos europeus, especialmente espingardas de vareta inglesas e cães de caça, por produtos nativos, como raladores de mandioca, zarabatanas e curare.

Manduca, como é habitualmente chamado ‒ seu nome indígena é Mayulíhe ‒ fala um pouco de português. Tem um rosto redondo, olhos castanho-claros de olhar amigável, belíssimos dentes brancos, que gosta de mostrar ao rir, e um comportamento naturalmente distinto e um pouco orgulhoso.

Ele se coloca imediatamente a meu serviço e também concorda em me acompanhar, mais tarde, à sua terra. No início da manhã seguinte, o Padre Adalbert seguiu viagem, com Melo e dois índios, para a Missão, distante daqui um dia e meio. Meu Pirokaí foi diretamente da Serra do Banco para sua casa, que fica no extremo Ocidental da Serra do Mel. Quer visitar a família, da qual ficou separado por longo tempo, e, em especial, sua jovem esposa, não posso recriminá-lo por isso.

Dentro de poucos dias me seguirá. Eu me instalo por aqui, quero ficar algumas semanas neste lindo lugar com meu atencioso anfitrião, que nada deixa faltar. Koimélemong é um povoado moderno. Originalmen­te, a Aldeia constituía-se apenas de duas casas Ma­cuxí, ao redor das quais, no decorrer do último ano, agrupou-se uma dúzia de cabanas mais amplas. Essa concentração deve-se, em primeiro lugar, à persona­lidade do Cacique Pita, que, com sua calma e pru­dência sem descurar de ser enérgico, quando neces­sário, exerce grande influência sobre os índios daqui.

O outro motivo é a proximidade da Missão. A notória curiosidade dos índios, a simpatia pelos missionários, tão diferentes dos demais brancos, e o mistério, o encanto que envolve os catequistas, tudo isso atraia os índios. De igual maneira formou-se também na falda Sudeste da Serra Mairari uma Aldeia maior, segundo dizem constituída de dez cabanas, chamada “Maloca Bonita”. Na realidade, a maioria das cabanas de Koimélemong, ou Maloca ([3]) do Mel, são apenas temporariamente habitadas. Reina um constante ir e vir, o que faz o número de habitantes variar por demais. […]

A localização de Koimélemong é perfeita, ao Sul avista-se o cume da Serra do Mel, de suas rochas escarpadas, as cascatas, refletem os raios do Sol colorindo de prateado as penhas robustas. Os pequenos Riachos confluem num Rio claro que banha a Aldeia em forma de um grande arco, brotando sob as enormes rochas e, logo mais adiante, correndo sobre areia fina rumo ao Surumu. O clamor de suas catadupas ressoa no silêncio da noite.

Para o Norte e o Nordeste, o olhar vagueia livre pelo amplo vale e pela grandiosa paisagem montanhosa da Guiana, com suas inúmeras colinas e cimos pitorescos. À distância uma Serra azulada, estende sua crista horizontal. Os índios a chamam de Yarö, um divisor de águas para o Orenoco. À nossa frente, a Nordeste, à poucas horas de distância, a Serra Mairari ergue-se acima dos mil metros e a Leste, ao longe, fica a Serra da Lua, Kapoi-tepö, quase tão alta quanto ela. Os alvoreceres são indescritivelmente deslumbrantes. Gradualmente, o céu noturno se aclara sobre a Serra Mairari, delineando nitidamente os seus contornos.

O Sol matiza-se de azul-turquesa, verde-claro e amarelo e algumas nuvens distantes já se mostram ruborizadas pelo seu beijo incandescente, enquanto outras, mais próximas, passam ainda negras na sombra da noite, até que, de repente, irrompe o Astro-rei, cujos raios o olhar humano não consegue suportar. […]

A maioria dos moradores de Koimélemong pertence às tribos Macuxí e Taulipáng. Além deles, existem, também, alguns Wapischána, em sua maior parte mestiços de pais Macuxí e mães Wapischána, mas que, segundo o costume daqui, pertencem à tribo da mãe. A etnia dos Taulipáng cobre uma grande extensão.

Suas Aldeias estendem-se ao Norte, do Surumu até o Roraima, o enorme monte de arenito na divisa entre o Brasil, a Venezuela e Guiana Britânica, e à Sudoeste, para além do curso superior dos Rios Parimé e Amajarí até a grande Ilha Maracá, no Urariquera. Fui eu que descobri o nome da tribo Taulipáng. Esses índios são chamados, pelos Wapischána, de Yarikúna e, por conseguinte, também pelos brancos. Os antigos expedicionários, como os irmãos Schomburgk, Appun, Brown, entre outros, chamaram-nos de Arekunä, Yariküna, Arekunä ou Alekunä, como eles mesmos, a princípio, também se identificaram para mim.

Somente depois de conviver algum tempo com eles é que descobri que o verdadeiro nome de sua tribo é Taulipáng, e confirmei, isso também, pelos registros que fiz de sua língua. Quando, mais tarde, voltei para São Marcos e contei a Neves que Taulipáng era o verdadeiro nome da tribo de todos os índios do Surumu até o Roraima, ele riu de mim e disse:

‒  Já faz dez anos que vivo com esses Yarikúnas, e esse doutor alemão, que está aqui há apenas alguns meses, quer me ensinar!

Ele chamou alguém do seu pessoal, um “Yarikúna”, que morou nas proximidades do Roraima, e lhe perguntou:

‒  De que tribo você é?

Resposta:

‒  Yarikúna!

Risada de triunfo. Então eu lhe perguntei:

‒  Como é que vocês chamam a si mesmos?

Resposta:

‒  Taulipáng!

Dessa vez, foi minha vez de rir.

Somente a Oeste e Noroeste do Roraima é que vivem os verdadeiros Arekunä, especialmente na região do Rio Caroní. Diz-se que são chamados de Kamarakotö pelos Sapará do Urariquera, mas, de acordo com outros, esse nome designa uma subdivisão especial da tribo Arekuná. As línguas dos Taulipáng e dos Arekuná, ambas da família Karibe, mostram pequenas diferenças dialéticas entre si e são parentes próximas do Macuxí. […] Dedicamos várias horas aos registros linguísticos. Sento-me com Pirokaí e o Wapischána da Serra do Panelão, cujo nome indígena é Jáni e que não fala uma só palavra de português, e trabalhamos até à exaustão.

De vez em quando, a cozinheira nos ajuda e, nesse ponto, ela é muito mais inteligente do que os meus dois auxiliares. Ao contrário das outras línguas da grande família Aruak, o Wapischána é muito duro e, ao mesmo tempo, difícil de ser reproduzidos através da escrita, já que muitos sons, e mesmo sílabas inteiras, são pronunciados de maneira ininteligível ou meio engolidos. Pitá não é útil de maneira alguma para esses registros linguísticos. É um fato peculiar, sempre confirmado nas minhas viagens, que os Caciques, por mais inteligentes que sejam, falham nesse trabalho intelectualmente muito exaustivo, que nem um pouco lhes é familiar e, por isso mesmo, não se mostram perseverantes. Depois de poucos dias, o comércio vai de vento em popa.

Notadamente na parte da manhã há muita atividade na minha cabana, um vai-e-vem constante de gente nua que quer vender alguma coisa. Uma mulher me traz um grande beiju, quente do forno, outra, duas pencas de bananas ou alguns mamões. […] Também aparecem objetos etnográficos: belas e antigas coroas emplumadas, uma maça de guerra finamente entalhada e com figuras riscadas, grandes cabaças pintadas com belos padrões, um cinto de miçangas, tecido com padrões coloridos, de um garoto: grandes novelos de cordões de algodão, flautas de osso de veado e de pássaro, arcos e flechas infantis, largas tipoias tecidas nas quais as mulheres carregam as crianças pequenas, e muitas outras coisas.

Um belo e jovem casal Taulipáng, vindos da vizinha Surumu, próximo daqui, me trazem algumas galinhas. O homem carrega uma flauta de osso de onça presa ao cinto, que adquiro imediatamente em troca de um apito-torpedo. Ofereço pequenos espelhos redondos, miçangas, anzóis, fósforos, sininhos e guizos de latão, brinquedos infantis em troca de ninharias e barganho objetos mais valiosos por facas e tesouras: essa é minha moeda de troca, e todos ficam satisfeitos. Não recuso nada do que me trazem, a não ser, objetos etnográficos ruins demais. Pitá, interessado em que eu aumente minha coleção etnográfica, sugeriu negociarmos em larga escala.

O Cacique, soprando uma corneta, ia à frente: logo atrás, eu de pijama, que visto aqui para meu conforto; e atrás de mim, uma longa fila de garotos fazendo todo tipo de travessuras. Entramos assim em cada uma das cabanas, examinando cada canto e lá indico os itens que desejo comprar, e o chefe traduz meus desejos em voz alta. Na mesma ordem, retornamos para minha cabana, onde, a um sinal do chefe, os donos entram com seus pertences, um após o outro, e são pagos por mim. Tudo transcorre tranquilamente, sem gritaria, e adquiro uma boa coleção.

Claro que os objetos não são tão variados, nem tão bem trabalhados, nem tão ricamente adornados como os do Alto Rio Negro e, especialmente, no Uaupés. A cerâmica, feita pelas mulheres, é bem inferior. As panelas e os potes, são grosseiros, não têm nenhum enfeite e são mal queimados, não se comparando, nem de longe, com os magníficos produtos da cerâmica que recolhi em minha viagem anterior entre as tribos Aruak e as tribos influencia­das pela cultura Aruak no Alto Rio Negro.

A cestaria, em contrapartida, que é monopólio masculino, está em ascensão também nestas tribos e fornecem os produtos mais variados: esteiras, abanadores, cestinhos de diferentes formas e tamanhos, apás ([4]) para guardar beiju, tipitis para prensar a massa de mandioca, pequenas canastras para guardar tabaco, miçangas e outras tantas bugigangas. Nos apás entretecem padrões de bom gosto com listras untadas de preto: meandros, ganchos, cruzes e quadrados.

Infelizmente, parece que essa arte está desaparecendo também. Em alguns cestos, os motivos foram pintados posteriormente com tinta preta. Minha biblioteca também está se enriquecendo. Um Macuxí me traz um velho livro impresso, muito bem conservado, com belas ilustrações. Provém de missionários ingleses que atuaram antigamente no Norte e contém o Gênesis, os evangelhos de Mateus, Lucas e João na língua dos Akawoío, uma tribo parente dos Taulipáng na Guiana Inglesa. […]

O Surumu é rico em traíra, tucunaré e outros peixes saborosos. Quando nossos suprimentos acabam, o chefe em pessoa vai buscar galinhas em numa povoação vizinha, e as traz nas costas, com os pés amarrados, balançando lamurientas.De vez em quando, a caça proporciona uma alteração no nosso cardápio. Um caçador traz um tatu pequeno, que ele matou na savana, ou um jabuti gordo.

O Macuxí Peré, um caçador apaixonado, vai com minha espingarda de três canos para a Serra e volta alguns dias depois com um cesto cheio de carne de veado defumada. Minhas espingardas de caça são objeto de desejo de todos os homens. Tenho de mostrá-las a cada visitante, desmontá-las e explicar a função de cada peça isolada. Os cartuchos grandes e pesados, com os quais se pode carregar a espingarda num instante, também causam admiração geral. A maioria só tem medo da potente detonação e do coice que as suas espingardas de vareta de um só cano, de fabricação inglesa, não dão.

Meu caxirí nunca acaba, tenho sempre algumas cabaças cheias dele em minha cabana e se meu suprimento está terminando, só preciso pedir ao chefe e minha adega fica cheia de novo. […]

A massa é mastigada, nunca por mulheres velhas, sempre por mocinhas que, na maioria das vezes, possuem belos dentes brancos, de modo que a coisa é bem apetitosa. Até mesmo um caxirí esbranquiçado, de milho, também é muito saboroso. […]

Especialmente nos primeiros dias chegam muitos visitantes curiosos, vários deles de muito longe, grupos de cinquenta ou mais pessoas enfeitadas para festa em uma longa fila, guiadas por seus Caciques ou anciãos. A notícia da presença do branco estranho propagou-se depressa. Reina harmonia e probidade entre os Taulipáng, que só raramente têm contato com os brancos. Com toda simpatia, apesar da enorme curiosidade, eles se comportam com educação, recato e reserva. Ao receber cada grupo, Pitá inicia uma longa conversação com os anciãos. […] (GRÜNBERG, 1915)

Jovens Wapischána (esq.) e Taulipáng (direita)

Jovens Macuxí

Juventude Koimélemong

Festival em Denong (Grünberg)

Festival em Roraima (Grünberg)

Festival em Roraima (Grünberg)

Meninos Taulipang – escola de dança (Grünberg)

Meninas Taulipang (Grünberg)

09a – Rio kukenang e 09b – Rochas ao fundo (Grünberg)

10a – Canto Oeste do Monte Roraima e 10b – No alto de Roraima (Grünberg)

11a – Kukenang e as Rochas da Mesa e 11b – Atravessando o Kukenang (Grünberg)

12a – Casal cruzando o kata e 12b – Rochas errantes no Vale Surumu (Grünberg)

Missão São Geraldo da Braga (Grünberg)

Missão São Geraldo da Braga (Grünberg)

 

Por Hiram Reis e Silva (*), Bagé, 27.07.2022 – um Canoeiro eternamente em busca da Terceira Margem.

Bibliografia:  

GRÜNBERG, Theodor Koch. De Roraima ao Orinoco. Volume II – Mitos e Lendas dos Índios Taulipáng e Arekuná –  Alemanha – Berlim – D. Reimer (E. Vohsen), 1915.   

(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;  

  • Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
  • Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
  • Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
  • Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
  • Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
  • Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
  • Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
  • Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
  • Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
  • Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
  • Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
  • Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
  • Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
  • E-mail: [email protected].

[1]   Lixeira (Curatella americana): Caimbé ou sambaíba. (Hiram Reis)

[2]   Mauritia flexuosa: Buriti ou miriti. (Hiram Reis)

[3]   Maloca: palavra indígena que geralmente designa uma grande casa comunitária, que serve de moradia a várias famílias, em geral, pertencentes a uma parentela. Aqui ela designa uma Aldeia grande. (Hiram Reis)

[4]   Apá: utensílio doméstico de forma circular, semelhante à peneira, feito trançando a casca da taquara ou folha de urubamba. (Hiram Reis)