Sem proteção dos governos federal e estadual, lideranças indígenas organizam guarda contra invasão de 4 mil garimpeiros na TI Raposa Serra do Sol.
Povos indígenas que vivem na Terra Indígena (TI) Raposa Serra do Sol, em Roraima, estão combatendo sozinhos o garimpo ilegal em suas terras. Sem apoio da Funai (Fundação Nacional do Índio) ou da Polícia Federal, lideranças indígenas locais têm organizado o enfrentamento contra a extração de ouro queimando balsas de garimpeiros, apreendendo material de mineração e fechando barracos ligados à ação criminosa. Mesmo desprotegidos e ameaçados, novas ações estão sendo planejadas pela guarda indígena em defesa do território.
Na sequência da defesa do território da invasão garimpeira, a Assembleia Legislativa de Roraima e governo do estado, criaram uma lei estadual que protege dragas e equipamentos aprendidos em garimpos ilegais de serem destruídos ou queimados.
“As lideranças decidiram realizar essas ações de combate ao garimpo porque eles [garimpeiros] prejudicam muito a nossa população e a nossa terra. Poluem o nosso rio com óleo, trazem bebidas e drogas, não queremos viver dentro de uma terra indígena com essas situações”, conta uma liderança do povo Wapichana, que pediu para não ser identificada em razão das ameaças que passou a receber depois das ações de enfrentamento.
A Terra Indígena Raposa Serra do Sol fica situada nos municípios de Normandia, Pacaraima e Uiramutã, ao norte de Boa Vista. O município mais afetado, de acordo com o CIR, é Uiramutã, que está próximo da fronteira com a Guiana. Por lá, as cachoeiras do Igarapé Urucá já foram comprometidas com rejeitos de garimpo que deixaram a água barrenta.
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