O combate a crimes ambientais na Amazônia, como a extração ilegal de ouro, é o foco da operação
Brasília – No último fim de semana, a Polícia Federal deflagrou a ação Mercúrio, dentro da operação Guardiões do Bioma, que desativou quatro garimpos ilegais na Terra Indígena do Baú, em Novo Progresso, no sul do Pará. A PF destruiu seis balsas, seis motores usados na extração e aprendeu 82,8 gramas de ouro e munições nos três dias de operação.
Um garimpeiro foi multado em R$ 1 milhão e um dono de balsa será investigado. Uma das balsas destruídas, equipada com televisão e ar-condicionado, foi avaliada em R$2 milhões.
A operação Mercúrio ocorreu de forma integrada, com participação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Fundação Nacional do Índio (Funai), Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), do Ministério da Defesa, além de ter apoio da Força Nacional.
Operação Guardiões do Bioma
Coordenada pela Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a operação se divide em eixos: Operação Guardiões do Bioma – Combate a queimadas e incêndios florestais e Operação Guardiões do Bioma – Combate ao desmatamento ilegal.
A primeira fase do eixo de Combate aos incêndios florestais foi lançada em 1 de julho de 2021 e terminou em 31 de janeiro de 2022. Contou com efetivo de mais de oito mil profissionais no combate a 18,3 mil focos de incêndios florestais e 7 mil crimes ambientais. Foram 3.853 ações preventivas, 1.607 multas aplicadas e 137 maquinários apreendidos, além de 1.580 animais resgatados nos 11 estados brasileiros. 5.848 m³ de madeira apreendida, o equivalente a 204 contêineres cheios.
O segundo eixo, de Combate ao desmatamento ilegal, foi lançado em 9 de março de 2022 e tem previsão de término em 08 de março de 2023. O investimento de R$ 170 milhões, por parte do Governo Federal, é destinado à instalação de seis bases operacionais multiagências em locais estratégicos do Pará, Amazonas e Rondônia. Em cada estrutura, helicópteros permitem atuação mais célere, mediante alertas qualificados de desmatamento, produzidos pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). Atuam, ainda, a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública, Seopi, Funai, Ibama e ICMBio.
PUBLICADO POR: MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
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