Você já ouviu falar do futebol de cabeça? Praticado pelos Paresi, Manoki, Nambikwara e os Enawenê-Nawê, no Mato Grosso, o cabeçabol ou jikunahati – nomes pelo qual o esporte é chamado – é jogado com uma bola artesanal de 12 a 14 centímetros de diâmetro feita da seiva de mangabeira e que, durante o jogo, só pode ser tocada com a cabeça.
Os jogadores de cada lado não têm um gol para acertar. A pontuação é dada quando o adversário não consegue rebater a bola jogada com a cabeça. Tradicionalmente, as apostas são feitas valendo braceletes, colares, cocares, arco e flecha, cestaria. Para cada ponto conquistado, um adereço.
Na tradição mitológica Paresi, Wazáre, o primeiro Paresi, que emergiu de uma abertura numa rocha, já saiu ensinando os demais a jogarem o jikunahati, mostrando significativamente que é a cabeça que deve dominar o corpo.
O esporte está intimamente ligado à espiritualidade e à cultura dos indígenas que o praticam.
Atualmente, o jikunahati é disputado nos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas.
Assessoria de Comunicação / FUNAI
Relacionadas com tradições das comunidades indígenas
- Cabeçabol: conheça o futebol de cabeça esportivo “Jikyonahati” da etnia Haliti-Paresi | Ecoamazônia (ecoamazonia.org.br)
- No Dia do Futebol, conheça o jikunahati, o futebol de cabeça — pt-br (www.gov.br)
- Conheça o Toré, ritual de diferentes etnias do Nordeste do país — pt-br (www.gov.br)
- Símbolos: Uso do cocar reúne diferentes significados para os indígenas — pt-br (www.gov.br)
Deixe um comentário