Objetivo é permitir a realização de exames citopatológicos de útero e a divulgação mais rápida dos resultados às mulheres indígenas, assegurando mais saúde e qualidade de vida.
Um grande passo foi dado em direção à prevenção do câncer de colo de útero em mulheres indígenas nas aldeias brasileiras. É que o Diário Oficial da União desta segunda-feira (6/6) publicou o Extrato de Cooperação Técnica entre Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) e Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) que vai permitir a realização de ações de saúde junto a esse público, ampliando a realização de exames com diagnósticos mais rápidos.
A ação atenderá mulheres indígenas, na faixa etária de 25 a 64 anos, assistidas pelo Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SASISUS), dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), que apresentam a necessidade de apoio para análise e que possuem condições próprias de envio do material coletado aos laboratórios credenciados pela SBP. Os DSEI compõem a SESAI, do Ministério da Saúde.
Segundo Reginaldo Ramos Machado, Secretário Especial de Saúde Indígena, a pasta tem trabalhado para qualificar o acompanhamento das ações de prevenção de doenças, proteção específica e promoção da saúde das mulheres indígenas. “Ao longo dos últimos três anos, foram realizadas capacitações das equipes em área, aumento da força de trabalho nos polos base; aquisição direta dos kits de exames preventivos e intensificação das atividades de educação em saúde”, conta.
CELERIDADE – Entretanto, ainda de acordo com o Secretário, após levantamento situacional junto aos DSEI, notou-se a necessidade de uma maior articulação junto às Secretarias Municipais e Estaduais, para a realização do diagnóstico laboratorial dos testes em territórios indígenas, o que evitaria uma demora de até seis meses no resultado dos exames.
“Mesmo não sendo uma atribuição da SESAI, nos empenhamos em encontrar uma solução que acelerasse a entrega dos resultados dos exames às pacientes indígenas, pois queremos impactar positivamente as mulheres aldeadas, visando o fornecimento imediato dos resultados dos exames citopatológicos de útero”, explica Ramos.
Ele lembrou, também, que de acordo com dados do Ministério da Saúde, o câncer de colo de útero é o terceiro com maior incidência entre as mulheres e, o quarto, nas estatísticas de morte no país.
DEU CERTO – A Sesai adota uma série de medidas importantes para todas as mulheres indígenas. Uma dessas foi o projeto-piloto com a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), em 2021, envolvendo os 19 DSEI da região Norte, que possibilitou mais de 2 mil coletas de amostras do exame papanicolau. Agora, a expectativa é de que a ação de realização de exames, em nível nacional, comece ainda neste mês de junho.
Texto: Aurélio Prado – Nucom/SESAI
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