A Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) apresentou, nessa sexta-feira (3/06), o novo modelo de Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI), que utiliza tecnologias e telessaúde para melhor atender os indígenas brasileiros.

Durante o evento de regulamentação da Telessaúde no Brasil, a SESAI apresentou a experiência exitosa do novo modelo de UBSI na Terra Indígena Rio das Cobras, no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Litoral Sul.

Durante seis meses de execução do projeto-piloto, a tecnologia e inovação se mostraram caminhos viáveis para a saúde indígena. Os profissionais de saúde utilizaram equipamentos de ponta para a realização de exames de sangue, eletrocardiograma, triagem inteligente, exame de retinografia e consultas via telemedicina.

Os atendimentos realizados geraram dados que possibilitarão expandir o modelo para todo o país. “A implementação desse novo modelo foi possível graças a adesão de grandes parceiros, como a Vale, que doou diversos equipamentos de tecnologia da informação e de saúde que podem ser transportados facilmente”, assegurou o assessor do Gabinete, Carlos Colares.

A partir de agora, com a portaria que regulamenta a Telessaúde, os 34 DSEI terão retaguarda das modalidades da telessaúde para garantir mais resolutividade na atenção básica e, consequentemente, mais economicidade ao evitar remover para cidade os pacientes que necessitarem realizar certos exames e consultas, que passarão a ser ofertados nas novas UBSI.

Quem executou o projeto no dia a dia atesta a melhoria na qualidade de vida dos indígenas. O chefe da Divisão de Atenção à Saúde Indígena (DIASI) do DSEI Litoral Sul, André Luiz Martins, apresentou casos específicos de pacientes que tiveram atendimento e acompanhamento pelos médicos do Hospital Albert Einstein via telemedicina. “ Observamos maior rapidez, conforto e comodidade porque o indígena não precisa mais sair da sua casa e do seu território”, garantiu.

Para o Secretário Especial de Saúde Indígena (SESAI), Reginaldo Ramos Machado, a telemedicina trará uma grande mudança no atendimento. “Os indígenas não precisarão se deslocar para a cidades próximas, o que otimizará o emprego de recursos humanos e financeiros, aproximando a atenção básica da média complexidade, ajudando na prevenção de doenças e acelerando os tratamentos e curas. Os equipamentos elevam em 30% os índices de resolutividade. De cada 100 demandas, 50% eram resolvidas e, com a chegada dos equipamentos e a capacitação dos nossos profissionais, passaremos para 80% de resolutividade no atendimento”, detalha.

Capacitação 

Cada DSEI recebeu um kit com um monitor multiparamétrico portátil, uma maleta hard case com espuma de alta densidade, um eletrocardiógrafo ECG digital, um espirômetro, um retinógrafo portátil, um notebook e uma câmera webcam. O material, doado pela mineradora Vale S/A, dará aos profissionais de saúde o suporte necessário para um melhor atendimento, melhoria no diagnóstico e a implantação da telemedicina.

Durante o mês de abril, 66 profissionais da área de saúde, entre médicos e enfermeiros, que vão operar os “kits de telessaúde” receberam treinamento em Brasília.

A capacitação, que durou uma semana e contou com teoria e prática, foi ministrada por instrutores disponibilizados por parceiros e profissionais de saúde, que atuam no Hospital Israelita Albert Einstein.

PUBLICADO POR: SAÚDE INDÍGENA MINISTÉRIO DA SAÚDE – (DISPONÍVEL EM: JUNHO 2022)