Povos tradicionais, ONGs, setor privado e representantes do Estado darão prosseguimento aos estudos, a fim de colocar o plano em prática
Já está em andamento mais uma etapa da elaboração do Plano Estadual de Bioeconomia (Planbio). Nesta segunda-feira (27), no hotel Beira-Rio, em Belém, se reuniram na 2ª oficina de construção do Planbio diversos representantes de órgãos governamentais para discutir temáticas levantadas durante as primeiras reuniões, realizadas no final de maio.
Para a condução da nova rodada de oficinas, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) conta com o apoio da TNC (The Nature Conservancy) e da organização Centro Brasil no Clima (CBC). No primeiro dia de encontro foi apresentada a metodologia das reuniões, e os participantes receberam um grande resumo dos principais pontos apresentados na primeira oficina, que contou com a contribuição de povos tradicionais, organizações não governamentais, representantes de grandes empresas privadas e dos órgãos estatais.
“Inicialmente, estamos reunidos com os órgãos governamentais para revisão e validação de tudo o que foi levantado nos primeiros encontros de forma multissetorial e participativa. Esse momento é muito importante para descer para o nível das ações e questões orçamentárias no planejamento estratégico do Estado”, explicou a diretora de Bioeconomia, Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais da Semas, Camille Bermeguy.
Diálogo – Acionada desde os primeiros encontros, a equipe do CBC fez um levantamento de aspectos relevantes, a partir de referências bibliográficas, e conduziu entrevistas prévias com representantes de diferentes grupos. “Acho que o grande desafio de colocar pessoas com pontos de vista diferentes em conversa é fazer o diálogo ter um foco e ser produtiva, para escuta e os próprios participantes ampliarem sua visão. Conversar parece simples, mas organizar esse diálogo de um grupo grande e diverso é um desafio. É importante criar um ambiente para que todos se sintam parte e possam estar em posição igual sobre uma questão de relevância”, analisou a facilitadora da reunião, Marina Franco.
Para os próximos dias estão previstas conversas individualizadas com representantes de cada segmento ouvido na primeira roda de conversas. Para Marcel Botelho, presidente da Fapespa (Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará), a temática precisa seguir conduzida de forma organizada. “Precisamos ter organização e foco para cada um dos eixos. É evidente que todos que estão aqui, como Governo, tem sua contribuição para dar. No entanto, seguir ouvindo cada povo interessado, com suas peculiaridades, é imprescindível”, afirmou Marcel Botelho.
Cronograma – Nesta terça-feira (28), haverá outra rodada de diálogo com órgãos governamentais. Na quinta e sexta-feira (1º e 2 de julho), o grupo de trabalho formado nas primeiras reuniões, composto por povos tradicionais, ONGs, setor privado e representantes do Estado, se reunirá para prosseguir os estudos, a fim de colocar o plano em prática. A criação do grupo de trabalho é uma estratégia do governo do Estado para fomentar a gestão participativa na implementação da agenda ambiental e climática.
Também participaram da 2ª oficina representantes da Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad), do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap).
Por Aline Saavedra (SEMAS) – Publicado por: AGÊNCIA PARÁ
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