Operação Paper Wood cumpre 5 mandados de busca e apreensão e promove o sequestro e bloqueio de mais de dois milhões e meio de reais

Foto: Polícia Federal – DPF

Porto Velho/RO – A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (28/6), a Operação Paper Wood, que visa desarticular organização criminosa dedicada a fraudar o Sistema Oficial de Controle de Produtos Florestais (SISDOF), com o propósito de permitir a comercialização de madeira ilegal com aparência de lícita.

Durante a operação foram cumpridos mandados de busca e apreensão em madeireira situada em Porto Velho/RO e também em desfavor de pessoas físicas responsáveis por operacionalizar esquema de geração fictícia de créditos de produto florestal no SISDOF.

A operação contou com 20 policiais federais e também com agentes do IBAMA, que realizaram fiscalizações administrativas no pátio da empresa alvo para verificar a compatibilidade do saldo de madeira constante do pátio com o respectivo registro no SISDOF. Ao todo foram cumpridos 5 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal de Porto Velho/RO.

Foi determinado também o sequestro e bloqueio de bens dos investigados em mais de R$ 2.5 milhões, valor estimado por peritos federais como representativo do dano causado.

A investigação se iniciou a partir de Informação Técnica do Ibama dando conta de que empresas madeireiras de fachadas estavam operacionalizando o SISDOF e gerando créditos de produto florestal para calçar madeira ilegal.

As diligências investigativas levaram à conclusão de que as diversas madeireiras que transacionavam no SISDOF não existiam fisicamente. Além disso, descobriu-se que essas empresas eram constituídas em nome de laranjas para evitar a identificação dos criminosos.

Com métodos especiais de investigação, a Polícia Federal conseguiu identificar o líder da organização criminosa e principal idealizador do audacioso esquema de fraude ao SISDOF. Esse esquema criminoso permitiu a comercialização no mercado nacional e internacional de diversas essências de madeiras extraídas ilegalmente de áreas protegidas.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de capitais, falsidade ideológica, receptação e transporte ilegal de produto florestal, cujas penas máximas somadas chegam a 28 anos.

Comunicação Social da Polícia Federal em Rondônia  –      DPF – POLÍCIA FEDERAL