Festival Amazonense recebe cerca de 60 mil visitantes por via fluvial

Foto: 3º SG Isabela Ferreira Magalhães, postada em: Agência Marinha de Notícias – Marinha do Brasil

Em uma ilha na Amazônia Ocidental, circundada por uma espessa vegetação rica em flora e fauna, a Marinha do Brasil por meio do Comando do 9° Distrito Naval realiza mais uma operação com o intuito de assegurar a salvaguarda da vida de mais de 60 mil turistas que irão prestigiar o 55º Festival Folclórico de Parintins, nos dias 24, 25 e 26 de junho.

Distante da capital Amazonense a 369 quilômetros, boa parte dos turistas realizam a viagem em barcos regionais (redes ou camarotes), que levam em média 15 horas descendo o rio até a chegada no município de Parintins (AM). Outra forma de chegar a “Ilha Tupinambarana” para assistir as apresentações dos “bois” Garantido e Caprichoso é por via aérea.

A “Operação Parintins” iniciou no dia 08 de abril com o recebimento das solicitações das Vistorias Especiais para a concessão do “Passe” das embarcações que trafegam pelo trecho Manaus (AM) – Juruti (PA), no período de 20 de junho até o final do evento. Foram emitidas, antes do Festival, 314 autorizações. A previsão estima mais de 500 embarcações abarrancadas/atracadas na orla da cidade de Parintins (AM).

Chegada das embarcações ao porto de Parintins-AM / Imagem: 2º Sargento Wagner Sousa dos Santos, Agência Marinha de Notícias – Marinha do Brasil

Já no dia 20 de junho, a Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental iniciou as atividades de Fiscalização nos três postos fixos: Um em Manaus (AM), no encontro das águas Rio Negro e Solimões, e os outros dois nas barreiras de Inspeção Naval em Itacoatiara e Parintins (AM). O objetivo é prevenir, orientar e coibir excessos de passageiros e/ou infrações às Normas da Autoridade Marítima.

“As fiscalizações estão sendo realizadas de forma minuciosa, verificando os itens de segurança, como por exemplo: extintores e coletes salva-vidas, todavia chamamos atenção para o número de passageiros. Não vamos permitir excesso de passageiros, caso ocorra, a embarcação retorna para o porto mais próximo”, enfatiza o Capitão dos Portos da Amazônia. 

Pela primeira vez, a turista Adriana Souza escolheu ir para Parintins por meio Fluvial. “No primeiro posto de fiscalização todos os passageiros desceram na plataforma flutuante para conferir a lotação da embarcação, isso foi primordial para continuar a navegação com segurança”, contou Adriana.

Dois anos sem o Festival 

Em 2022, o número de visitantes por via fluvial quase triplicou em relação ao último Festival realizado em 2019, quando a Ilha recebeu cerca de 20 mil turistas via tráfego aquaviário. No total, o Governo do Estado espera mais de 100 mil turistas.

Dados Parciais
     • 567 Embarcações Inspecionadas;
     • 40 Notificadas;
     • 04 Apreensões;
     • 61.038 passageiros.

Festival de Parintins

O nome da festa vem do lugar onde ela acontece, na ilha de Parintins, às margens do rio Amazonas. A origem do festival ocorreu há quase cem anos, quando dois grandes grupos rivais, os “bois”, iniciaram suas apresentações nas ruas do centro da cidade de Parintins. O folclore boi-bumbá foi inspirado no bumba-meu-boi nordestino.

O primeiro boi a surgir foi o Garantido, fundado em 1913. Nove anos depois, em 1922, surge o boi Galante, que passa a ser chamado Caprichoso, em 1925. O Garantido usa o vermelho e o Caprichoso, o azul. O evento ocorre no mês de junho, em todos os anos.

25/06/2022 – Por Capitão-Tenente (RM2-T) Gisleine Assunção Alves – Manaus – AM – Agência Marinha de Notícias – Publicado por:  MARINHA DO BRASIL